Pesquisa mostra como melhorar sistema produtivo de grãos
#souagro| O uso de consórcios de plantas forrageiras como forma de melhorar a eficiência dos sistemas produtivos de grãos será tema de uma das palestras do Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que será realizado de 12 a 15 de setembro em Sete Lagoas, Minas Gerais.
Apresentada pelo pesquisador Flávio Wruck, da Embrapa Agrossilvipastoril, a palestra mostrará resultados de pesquisas com consórcios de segunda safra testados em Mato Grosso. Entre os destaques estão benefícios como a maior ciclagem de nutrientes, acúmulo de matéria orgânica e redução da compactação do solo para sistemas produtivos de grãos.
- Avicultura orgânica ganha manual para facilitar trabalho dos produtores
- Saiba mais sobre os prejuízos da babesiose bovina
De acordo com o pesquisador, para um bom plantio direto na palha são necessárias ao menos cinco toneladas de matéria seca por hectare. As pesquisas conduzidas pelas equipes da Embrapa e da Universidade Federal de Mato Grosso mostraram acúmulos superiores a 14 toneladas de matéria seca por hectare em consórcios de braquiária Paiaguás com nabo forrageiro ou em consórcios múltiplos, com até seis espécies.
Outro benefício dos consórcios está no estoque de carbono orgânico no solo. Resultados que serão apresentados indicam acúmulo de até 600 kg/ha com uso de consórcios, enquanto na testemunha com sucessão soja-algodão foi registrada uma perda de 600kg/ha. Os resultados que serão apresentados indicarão também os benefícios da ciclagem de nutrientes, chegando a 340kg/ha de potássio disponível na palhada de consórcio com nabo forrageiro e acima de 150kg/ha de nitrogênio na palhada do consórcio de braquiária com crotalária e no sêxtuplo.
- Nova tecnologia controla contaminação intestinal em leitões
- Frango brasileiro volta a entrar na África do Sul sem pagar imposto extra
Entre os consórcios usados e que serão detalhados na palestra estão alternativas já lançadas, como o Sistema Gravataí, que consorcia braquiária com feijão-caupi, e opções em fase final de validação. Entre os exemplos estão os consórcios de capim com crotalárias, nabo forrageiro, trigo mourisco, níger ou feijão-guandu e ainda consórcios múltiplos com até seis dessas espécies juntas.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)