Cigarrinha: produtores paraguaios estimam 25% de perdas nas lavouras de milho
#souagro|A cigarrinha do milho tem se tornado o terror, também, dos produtores paraguaios. E mesmo com a aplicação de defensivos agrícolas e tentando se proteger de todas as formas, não tem jeito: os agricultores já estimam 25% de perdas nas lavouras de milho, por conta da “cigarrinha” do milho, praga que se tornou um problema para esta safra, que atinge também a produção do país vizinho.
De acordo com o produtor rural Lídio Kunz Schmidt, a situação é preocupante principalmente na região Norte do Paraguai, onde as perdas podem chegar a 40% depois da safra de milho colhida. “Aqui na região de Laranjal, de Santa Rita e de Santa Rosa o reflexo foi menor. Mas, mesmo assim, nossos prejuízos são de cerca de 25%, o que pode aumentar depois da colheita”, afirma.
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“Alguns produtores aplicaram defensivos específicos, de quatro a seis vezes e, mesmo assim, tiveram prejuízos”, comenta.
Nós, do portal Sou Agro, explicamos, em algumas reportagens, como esta praga afeta as lavouras. Um especialista explicou os efeitos da cigarrinha na safra de milho e o porquê dela ser considerada o terror da cultura.
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O engenheiro agrônomo Marcus Vinicius Schutz ressalta que a cigarrinha do milho pode ser comparada ao mosquito da dengue: ela só transmite a doença se infectada, porém, há pelo menos três safras existe um alto grau de infecção e a doença é chega diretamente à lavoura. “Se trata de um complexo de enfezamentos, que é mais comum o vermelho ou o pálido. Para combater isso, é preciso atuar na raiz do problema, com aplicação de defensivos agrícolas a cada três dias para matar a praga, considerando que a cigarrinha transmite para o milho uma doença que não tem cura e que pode atingir a safra desde o plantio até quanto o milho tiver mais ou menos 10 folhas”.
Agora, os produtores do país vizinho aguardam a colheita, que deve ocorrer de 15 a 20 dias, para ter certeza dos estragos deixados pela praga. “Estamos muito preocupados, mas vamos esperar colher para contabilizar, realmente, os prejuízos”, lamenta o produtor Lídio Kunz Schmidt.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro)