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Trevo Cataratas: uma nova era para a logística do agronegócio no Oeste

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Alguns anos atrás se eu parasse no Trevo Cataratas e perguntasse aos motoristas se eles acreditavam que a obra iria sair do papel, as respostas seriam basicamente assim: “Eu acho que não acreditaria”, disse um caminhoneiro. “Não, sem chance”, disse outro motorista.

Mas o que era uma lenda urbana se tornou realidade em 21 de agosto de 2022, dia em que o novo Trevo Cataratas foi liberado para o tráfego de veículos e colocou o Oeste paranaense em destaque nacional.

 

 

Uma obra que era esperada há quase três décadas, só foi possível se tornar real, após uma verdadeira união de lideranças do Oeste paranaense que resultou em um acordo de leniência firmado entre a concessionária que administrava a rodovia e a Justiça. O investimento total foi de R$ 82 milhões.

“Isso, na minha visão, vai contribuir muito até para, ao longo do tempo, pela eficiência no transporte, baratear o próprio custo do transporte. Eu espero sinceramente, que tendo desatado esse nó de décadas aqui em Cascavel, nós com certeza estamos contribuindo para quem sabe sobrar um algum centavo a mais por litro de leite, por saca de soja no bolso do nosso agricultor”, diz o Secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

 

Por dia, passam aproximadamente 45 mil veículos pelo Trevo Cataratas, com ligação entre as BR’s 467,369 e 277 e também a Avenida Brasil, uma das principais de Cascavel. Os trabalhos de revitalização começaram em dezembro de 2020 e agora são 10 novos quilômetros de asfalto que desafogam um dos maiores entroncamentos do Brasil. Além das novas pistas, a obra inclui também alças de acesso e dois viadutos. Tudo isso faz com que as rodovias não tenham interferências entre elas, garantindo um fluxo de veículos muito mais rápido e sem dificuldades como era antigamente.

“Agora nós temos um trevo moderno, onde toda a economia do Oeste do Paraná e da região Sul passa por esse trecho, inclusive nos outros países do Mercosul, importância para a economia da região e do Paraná”, disse Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.

 

O novo Trevo Cataratas desafoga um dos principais gargalos logísticos da região Oeste, que é destaque no agronegócio. Esse avanço na mobilidade, além de ser um alívio para os motoristas, representa melhoria e agilidade no escoamento da produção agropecuária regional.

“Esperava por esse momento único, facilitando assim sempre o transporte de nossos grãos. Lembrando que o Oeste do Paraná ou o Paraná é o maior produtor de grãos no mundo por metro quadrado. E essa nova logística vai acelerar os transportes, facilitando a ida para o nosso Porto de Paranaguá e para vários outros lugares do país”, detalha Elio Marciniak (Kabelo), presidente da AMOP (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná).

 

“Graças à união de todas as lideranças aqui do Oeste do Paraná, foi possível deslocar recursos para que essa obra fosse realizada, trazer um novo momento para o Estado do Paraná e para o seu desenvolvimento. E é isso que nós queremos. Investimentos em infraestrutura compatível com o crescimento da nossa região”, explica Rainer Zielasko, presidente do POD (Programa Oeste em desenvolvimento).

Essa obra não é uma vitória apenas do Oeste do Paraná, é uma conquista de toda cadeia produtiva brasileira.

“Nós vivemos do agro. A nossa essência, o nosso DNA é um DNA agrícola e a nossa produção necessariamente passa por esse trevo. Então, nós fizemos todo um estudo, um relatório mostrando ao governador Ratinho Júnior e também à Justiça para que nós pudéssemos concentrar os recursos nessa obra importante que não atende apenas Cascavel, mas o Oeste e o Paraná”, Leonaldo Paranhos, Prefeito de Cascavel.

 

REPORTAGEM E PRODUÇÃO

Débora Damasceno/Sou Agro

IMAGENS, EDIÇÃO E FINALIZAÇÃO

Luiz Zanata

FOTO E IMAGENS DE DRONE

Manoel Teixeira/Secom

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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