Representatividade feminina cresce no agronegócio brasileiro, diz pesquisa

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

A representatividade feminina cresceu no agronegócio brasileiro, em 13,3% no último anos, segundo a Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações, da Deloitte.

O avanço fez com que as mulheres se tornassem 16,2% das mulheres empregadas pelo setor. O resultado foi apresentado no 7º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio, realizado em São Paulo.

 

A sucessão foi um dos fatores que contribuíram para o aumento do número de mulheres no agro. A pesquisa mostrou que, nas fazendas, as profissionais em cargos de liderança são 34% do total. Isso é mais que no universo geral da economia, em que as mulheres ocupam 27% dos topos.

Dificuldades

Dentre todos os 21 setores pesquisados pelo Deloitte o agro é apenas o 19º em representatividade feminina — o terceiro mais baixo, depois de indústrias extrativas e construção civil.

 

O maior empecilho para a contratação de mulheres é cultural. Do total de 400 entrevistadas, 76% afirmaram que é preciso uma mudança cultural nas organizações agrícolas para que as mulheres tenham mais participação. No entanto, 41% das mulheres que já atuam no setor disseram sofrer questionamentos sobre sua capacidade no trabalho.

As mulheres ainda relataram que tiveram sua capacidade física de trabalhar no setor questionada.

 

Além disso, as mulheres do agronegócio ainda ganham menos do que os homens: um valor médio de R$ 1.606 por mês, contra R$ 1.950 dos homens. Outro relato é o alto índice de demissão nos 12 meses seguintes à licença-maternidade, que chega a 35%.

Para que isso mude, seria necessário mais mulheres em cargos de liderança no agro. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres disseram que não se sentem ouvidas nas associações de classe.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Agências)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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