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La Niña não deve dar trégua e vai continuar preocupando agricultores

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A La Niña é o fenômeno que tem influenciado muito nas condições climáticas do país. É bem importante acompanhar a previsão para saber o período em que ela permanece no país para tentar se prevenir com o que vem por aí. Por isso Ronaldo Coutinho trouxe um verdadeiro diagnóstico deste cenário e ao que tudo indica, o fenômeno deve continuar dando dor de cabeça aos produtores.

“Aqui no Sul já começou a redução de chuva. É extrema irregularidade da chuva, tanto em outubro, novembro, dezembro até o final do ano. Vai ter chuva, mas é chuva muito mal distribuída, passagem rápida de frente e entrada de massas de ar frio. Nós já estamos com redução de chuva no Rio Grande do Sul, começou a reduzir Santa Catarina.”, disse Coutinho.

 

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“Quando chega, novembro, dezembro, janeiro, nós temos o quê? O fim da primavera, ainda com muito problema de seca, principalmente em novembro, dezembro. Pode melhorar aqui no Sul em alguns dias, em janeiro. Então janeiro, fevereiro e março, talvez não seja tão ruim no Sul. Não vamos ficar com pé atrás. O problema do Sul vai ser final de outubro, novembro, dezembro e começo de janeiro. Esse período mais crítico, pode ter um pouquinho de problema, mas acredito que vai ser melhor que o ano passado”, diz Coutinho.

Segundo Coutinho dá para esperar que lá por janeiro a chuva comece a ficar mais regular na região Sul.

“Quem sabe entre 10 e 20 de janeiro comece a ter uma chuva um pouquinho melhor aqui no Sul ou pelo menos, um pouco de mais regularidade ou não tão irregular. A Argentina vai ter problema sério para plantação da safra de verão. Problemas no Uruguai em relação à pastagem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, parte do arroz também pode sofrer bastante além do frio, que ainda pode afetar o arroz ”

 

Mas tudo indica que a La Niña não vai dar trégua tão cedo.
“Então dá para dizer que ela e os efeitos da La Ninã vão continuar por toda a safra, vão chegar no fim do verão, começo do outono. Ainda é comportamento de La Niña e só quando chegar o final do outono inverno é que começa a ficar com um comportamento mais neutro. Nessa situação, continuo indicando que talvez um começo de milho safrinha, mas de normal para bom, porém ainda com algum risco de algum frio cedo chegando que tanto La Niña quanto neutralidade não é muito boa em termos de frio, geralmente o frio acaba vindo mais cedo.

 

O QUE É A LA NIÑA?

La Niña consiste em uma alteração periódica das temperaturas médias do Oceano Pacífico. Essa transformação é capaz de modificar uma série de outros fenômenos, como a distribuição de calor, concentração de chuvas e a formação de secas.

Quando a alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico aponta para uma redução das médias térmicas, o fenômeno é nomeado de La Niña, basicamente o efeito La Niña está ligado ao resfriamento das temperaturas médias das águas do Oceano Pacífico, representando exatamente o oposto do fenômeno El Niño, que produz um aquecimento anormal de suas temperaturas.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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