Foto ilustrativa: Envato/Sou Agro

Cooperativas brasileiras estreitam laços de mercado com a Coreia do Sul

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto ilustrativa: Envato/Sou Agro

#souagro| A produção brasileira de suínos pode ganhar espaço na Coreia do Sul. O tema foi debatido em conversa entre o presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), Márcio Lopes de Freitas, e o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lim Ki-Mo. No encontro, o embaixador ressaltou interesse do país asiático em abrir, parcialmente, o mercado para exportações brasileiras de suínos. Além disso, as oportunidades comerciais, a cooperação técnica e as parcerias para bolsas de estudos e importação de tecnologias agrícolas coreanas também estiveram em pauta.

A Coreia do Sul está entre os 10 principais parceiros comerciais do Brasil. Em 2021, o país exportou US$ 5,7 bilhões à Coreia em frutas, grãos, café e carne de porco. O embaixador apresentou verdadeiro interesse em estreitar laços com o cooperativismo agro brasileiro. O Sistema OCB, por sua vez, pretende fortalecer o relacionamento com a embaixada e facilitar o acesso ao mercado coreano. O chefe do setor de promoção comercial e o assessor econômico da embaixada acompanharam o embaixador no encontro.

 

“É evidente que mais mercados para nossas cooperativas são bem-vindos. Já exportamos milho, soja e café para a Coreia do Sul e o próprio embaixador destacou o crescimento dos produtos importados do Brasil. Essa visita, além do nosso apoio institucional, permite que estreitemos os caminhos para que eles possam acessar mais produtos de coops brasileiras e, certamente, queremos ser esse canal facilitador. O embaixador nos convidou para conhecer o sistema cooperativo coreano para avançarmos no movimento de cooperação técnica para transferências de tecnologias. Nesta área, a Coreia é referência mundial e é relevante que nossas coops acessem esses métodos”, analisou o presidente Márcio.

A Coreia do Sul tem um expressivo movimento cooperativista, por meio da NACF, mais conhecida no país asiático como NongHyup. Lá, as cooperativas operam como filiais desta organização central. A NongHyup coordena ainda os serviços bancários, os centros de treinamento e até mesmo um internato para alunos do ensino médio em preparação para a carreira acadêmica em agricultura. No Ramo Agro, a NongHyup destinou, em 2019, US$ 30 bilhões aos produtores coreanos em subsídios e empréstimos.

 

O arroz das cooperativas responde por 90% do cultivo de grãos no país, que conta apenas com 22% de terra cultivável, e representa 40% do faturamento da produção agrícola. A participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) sul-coreano está próxima de 95%. (Sistema OCB).

(Débora Damasceno/Sou Agro com Sistema Ocepar)

(Foto: Envato)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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