Conheça experimento de cultivo de tomate que surpreende em produtividade
Um sistema de cultivo protegido de tomate desenvolvido pela Embrapa tem apresentado produtividade surpreendente. É um tipo de cultivo sem solo, feito pela Embrapa.
Nos experimetnos, as plantas foram cultivadas em sacos de cultivo, contendo substrato de fibra de coco, sendo avaliados vários híbridos de tomate tipo salada, modos de condução das plantas e o controle automatizado da irrigação.
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“A produtividade de tomate cereja obtida foi de 166 toneladas por hectare ao ano, levando em consideração os dois ciclos de cultivo de 180 dias por ano. Os frutos produzidos foram de excelente qualidade, sendo comercializados na sua totalidade com preços acima dos obtidos com o tomate produzido no sistema tradicional”, comenta o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fábio Miranda.
Produção com maior controle e menos gastos
No cultivo sem solo do tomateiro, as plantas desenvolvem-se em vasos ou sacos de cultivo contendo um substrato. Suas necessidades hídricas e nutricionais são providas por meio de uma solução nutritiva. Podem ser usados como substratos materiais como fibra da casca de coco, considerada como ideal para a Região Nordeste, areia, vermiculita, casca de arroz carbonizada, casca de pinus e outros.
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Conforme Miranda, são esperados vários benefícios com a adoção da técnica: melhor controle da irrigação e da nutrição, resultando em maior produtividade da cultura; redução do uso de defensivos agrícolas (herbicidas, nematicidas, fungicidas e inseticidas); maior eficiência do uso da água e de fertilizantes; obtenção de frutos mais uniformes, com maior qualidade e maior valor comercial; e redução de custos com mão de obra em virtude da eliminação ou redução de práticas culturais como capinas e pulverizações.
Além disso, o cultivo pode ser feito em qualquer época do ano e em locais com solos salinizados ou afetados por patógenos de solo, como nematoides, fungos ou bactérias.
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De acordo com Lindemberg Mesquita, entomologista e pesquisador da Embrapa, os cultivos de tomate em campo aberto enfrentam graves problemas de incidência de pragas e de doenças de solo, comprometendo a produção em várias propriedades. A solução tradicional tem sido a aplicação intensiva de defensivos químicos para manter a produção, com riscos ao meio ambiente e à saúde de trabalhadores e consumidores.
No cultivo em estufa e sem solo, o uso de nematicidas e herbicidas é desnecessário; já o uso de fungicidas pode ser reduzido em mais de 90% em relação ao cultivo em campo aberto. Ainda assim, Mesquita ressalta a importância do monitoramento de pragas e doenças no cultivo protegido. “Mesmo com todas as precauções, algumas espécies de insetos ainda são encontradas no interior da estufa, e uma das maneiras de se constatar a ocorrência de pragas é por meio da utilização de armadilhas”, relata.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)
Foto: Ricardo Meira