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Produtor rural, a La Niña não quer ir embora e as mudanças climáticas devem continuar

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A La Niña tem sido uma verdadeira pedra no sapato dos agricultores. Afinal o fenômeno tem trazido muitas incertezas e reflexos no clima, resultando em muita instabilidade. Tudo está desregulado, seja com seca demais ou chuvas em excesso, mas sem distribuição uniforme, ou até mesmo geadas precoces mas o que todo mundo quer saber é: Até quando a La Niña fica? Quem responde isso é o especialista no assunto, Ronaldo Coutinho, engenheiro agrônomo. Mas eu já adianto que as previsões são de que a La Niña se mantém e a instabilidade também.

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Mas segundo Coutinho, o verão deste ano tende a ser melhor que 2021, mesmo assim preocupa.

“Não deve ser um verão totalmente ruim, mas dependendo da situação de outubro, novembro e dezembro, a chuva que vem em janeiro e fevereiro pode ser, já que já vem tarde. Esse é o risco que se corre. Vai seguindo o ritmo normal com aquela certa regularidade. São Paulo, Mato Grosso do Sul um pouquinho de cuidado mais ao Norte, mais próximo do Centro-Oeste e Nordeste, mais ao Sul. Mais próximo do comportamento aqui da parte do clima do Sul, mas pessoal da cana, o pessoal da citricultura, o pessoal do café, o pessoal das pastagens, das frutíferas, vão ter uma situação boa a partir de agora, de setembro para frente”, disse Coutinho.

 

Sobre o Sul ainda há preocupações e é preciso manter alerta na agricultura: “Na semana que vem está indicando geadas do Centro-Sul, do Paraná para baixo. Pode novamente pegar a fruta, trigo tardio, trigo, intermediar e já sinaliza que até em outubro o frio forte não dá para descartar. Aqui nos três estados do Sul, a friagem também pegando o Mato Grosso do Sul é mato e Mato Grosso também ali em São Paulo. Isso favorece a doenças. Então é complicado no Centro-Sul esse ano e tem o problema da chuva e também da temperatura que de janeiro, fevereiro, março não tinha nada”, detalha.

“O frio continua sendo um problema que, no Sul, retarda o desenvolvimento das culturas de verão e pode trazer doenças também relacionadas ao frio. Pelo menos não está indicando um calorão exagerado como nós tivemos o ano passado, onde teve esse problema de calor tão forte”, finaliza Coutinho.

 

O QUE É A LA NIÑA?

La Niña consiste em uma alteração periódica das temperaturas médias do Oceano Pacífico. Essa transformação é capaz de modificar uma série de outros fenômenos, como a distribuição de calor, concentração de chuvas e a formação de secas.

Quando a alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico aponta para uma redução das médias térmicas, o fenômeno é nomeado de La Niña, basicamente o efeito La Niña está ligado ao resfriamento das temperaturas médias das águas do Oceano Pacífico, representando exatamente o oposto do fenômeno El Niño, que produz um aquecimento anormal de suas temperaturas

 

(Débora Damasceno/Sou Agro )

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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