milho

Exportação de milho movimenta portos paranaenses

Débora Damasceno
Débora Damasceno
milho

#souagro| A produção do milho segunda safra foi considerada um sucesso, depois de um 2021 marcado pelas perdas causadas pela seca, neste ano os produtores conseguiram ter um resultado positivo. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção de milho é um recorde com produção de 86,1 milhões de toneladas.

E isso tem refletido diretamente nos portos paranaenses, isso porque as exportações do grão estão a todo vapor. Para se ter uma ideia, no Porto de Paranaguá, o maior crescimento será nas exportações de milho, que entre os meses de julho e setembro, deverá alcançar 2,071 milhões de toneladas, um volume 3.256% maior que as 61,7 mil toneladas do terceiro trimestre de 2021.

 

A previsão é que neste terceiro trimestre, o porto de Paranaguá embarque 7,233 milhões de toneladas de grãos e farelo de soja, milho e açúcar a granel. O volume é 24% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Até agora, são 15 navios para carregar soja em grão, oito embarcações para açúcar a granel, seis para o farelo de soja e quatro para o milho.

O diretor da Fortenave, empresa de agenciamento marítimo que atua em Paranaguá, Ismael Pires, os números podem significar uma retomada no mercado de frete marítimo: “Representa a retomada, tendo em vista que nos últimos meses, a menor demanda por parte da China – explicada pelo fechamento dos portos devido à pandemia de Covid-19 – e outros fatores afetaram as exportações de algumas commodities brasileiras”, explica Pires.

 

Segundo Pires, historicamente, no final de julho e início de agosto o mercado de fretes sofre uma certa pressão com viagens de férias de verão no hemisfério norte. De acordo com previsão da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, no país existe uma tendência de crescimento na movimentação portuária no segundo semestre de 2022.

A estimativa é de que seja movimentado um volume de 631 milhões de toneladas, alta de 2,9% em relação ao segundo semestre do último ano. Mas, os números projetados para o fim do ano mostram estabilidade da movimentação anual em comparação com 2021, totalizando o ano com 1.212 milhões de toneladas movimentadas, quase igualando com o último ano.

Segundo Pires, há oferta de frete e também de navios e, caso este cenário se mantenha, a tendência é de queda nos preços dos fretes. “Neste momento, considerando que o Brasil vem mantendo os volumes de exportações e importações, naturalmente sendo um dos grandes players na comercialização de commodities, este cenário tem contribuído para a oferta de fretes em declínio”, conclui Pires.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Assessoria)

(Foto: AEN)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas