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Contaminação de petiscos caninos: investigação continua e mais uma empresa terá que recolher produtos

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro|  A gente vem acompanhando aqui no Sou Agro o caso dos petiscos contaminados que terminou com a morte de vários cães por conta da contaminação de produtos para alimentação animal com monoetilenoglicol. Falamos inclusive que o Mapa determinou a retirada de produtos do mercado.

Pois bem, as investigações continuam e agora o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento do mercado de consumo, em todo território nacional, de todos os alimentos específicos (bifinho, snacks, petiscos) e produtos mastigáveis de todas as linhas destinados a caninos da marca Petitos Indústria e Comércio de Alimentos.

A empresa Petitos entrou em contato com o portal Sou Agro e informou que: “A apreensão dos insumos e produtos da Petitos corresponde ao período de Janeiro de 2022 a 11 de setembro de 2022. Tudo o que foi produzido depois dessa data está livre para comercialização”, afirma a empresa.

 

Segundo o Mapa, até o momento, são cinco empresas determinação de retirada de produtos. As investigações, que continuam em andamento, indicam que esses produtos de alimentação animal foram destinados somente para o mercado interno. Para todos os lotes de alimentos suspeitos foram determinados recolhimento e todas as empresas envolvidas já foram fiscalizadas. As empresas foram interditadas.

 

O Mapa também já havia determinado que as empresas registradas junto ao Ministério suspendam imediatamente o uso em suas linhas de produção de dois lotes da matéria-prima propilenoglicol adquiridos da empresa Tecno Clean.

O Ministério segue atuando e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado nos produtos de alimentação animal.

 

 

ALERTA DA ANVISA

Diante de tudo isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um alerta que reforça a necessidade do recolhimento dos lotes intoxicados de propilenoglicol, que causaram a contaminação de petiscos caninos. A medida tem caráter preventivo, para evitar que lotes contaminados da substância sejam usados na fabricação de alimentos para consumo humano.

O alerta reforça a resolução que determinou o recolhimento e proibiu a comercialização, distribuição, manipulação e uso dos lotes AD5035C22 e AD4055C21 do ingrediente da Tecno Clean Industrial, analisados preliminarmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Neles, foi detectada a contaminação de petisco para cães por etilenoglicol, “substância extremamente tóxica, se ingerida”, conforme informado pela Anvisa.

“Ao identificar, durante a investigação dos fatos, a possibilidade de distribuição do ingrediente contaminado para fábricas de alimentos para uso humano, o Mapa compartilhou as informações para que a Anvisa pudesse adotar ações relacionadas aos produtos sujeitos à vigilância sanitária”, manifestou, em nota, a agência.

 

21 categorias de alimentos

Segundo a Anvisa, o propilenoglicol é um aditivo alimentar autorizado para uso em 21 categorias de alimentos para consumo humano, com quatro funções: umectante, agente clareador, estabilizante e glaceante. “Para três dessas categorias há restrição de uso do aditivo alimentar propilenoglicol. Para todas as categorias de alimentos há limite de uso do propilenoglicol, conforme legislação específica”, detalhou.

Solvente orgânico altamente tóxico, o etilenoglicol causa insuficiência renal e hepática, “podendo inclusive levar à morte, quando ingerido”, informa a agência ao se referir à substância que em outro relato, de 2020, já havia contaminado cervejas.

 

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(Débora Damasceno/Sou Agro – com Mapa e Agência Brasil)

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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