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Como ficam as lavouras com todas essas mudanças climáticas?

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Chuva, sol, calor, frio e geada. Tudo isso em poucos dias, é de deixar todo mundo confuso mesmo, principalmente o produtor rural que tem uma empresa a céu aberto e depende da previsão do tempo para o desenvolvimento das culturas. Bem, de fato, as mudanças climáticas tem deixado até os especialistas em alerta, por isso, conversamos com quem entende do assunto para explicar o que está acontecendo e como o agricultor deve se atentar a tudo isso.

Reginaldo Ferreira, é agrometeorologista e explica que realmente o cenário atual é confuso: “Ora frio ou calor, ora a chuva, ora a seca, parece que o tempo não se entende. Entretanto, nós estamos numa situação de transição. Estamos saindo do inverno e entrando na primavera nessa estação. Na verdade, é esperado que a gente tenha o clima mudando de uma hora pra outra, de forma muito comum. Entretanto, a meteorologia tem mostrado que nos últimos três anos essas mudanças elas têm sido não só por causa da estação de transmissão, mas elas têm sido, de forma muito efetiva”, detalha.

 

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Realmente nos últimos meses tivemos condições muito atípicas com mudanças climáticas muito diferentes de anos anteriores. E é claro que a La Niña aparece neste contexto.

“Um dos principais componentes que a gente tem colocado durante todo esse período é a questão da La Niña. Ela parece que vai agora para uma neutralidade, o que dá a gente talvez uma tranquilidade que os últimos três anos ela diz. Quem sabe a gente tem um equilíbrio maior, principalmente na região produtora de grão. A seca é ruim, a chuva demais também. E se o frio é ruim, a temperatura muito elevada também. E nem os seres humanos se acostumam com tanta facilidade, nem as plantas e nem os animais. Nós estamos numa área agrícola e as plantas também têm sofrido muito. Mas o que está fora do normal, é esse frio que parece que não acaba. Nós tivemos no período de inverno que nós não tivemos frio, tivemos calor relativamente muito intenso, principalmente no mês de julho, seca. E agora que nós estamos nos afastando do inverno e entrando na primavera, o frio parece que ainda não foi embora. Isso tudo está relacionado, como dissemos, a questão da La Niña. E o clima vem mudando e isso vem dificultando muito em relação às lavouras.”, diz Reginaldo.

 

Reginaldo também fala sobre o momento atual e como o produtor deve estar preparado para os próximos meses.

“Nesse momento nós precisamos que a temperatura aumente e possivelmente a gente vai ter queda de temperatura ainda, talvez com geada, porque nós estamos nos aproximando já do mês de outubro, mas a temperatura ainda deve cair e isso significa dizer que a para aqueles que plantaram, a germinação deve ser um pouquinho mais lenta, um pouquinho mais prejudicada. Aqueles que puderem esperar um pouquinho melhor. A gente já tem umidade no solo, aí já é o suficiente já para começar os primeiros plantios”, finaliza o agrometeorologista.

(Débora Damasceno/Sou Agro )

(Foto: Envato)

 

 

 

 

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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