Produtores colhem feijão e contabilizam prejuízos

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

#souagro|Os produtores de feijão colhem os grãos e já contabilizam os prejuízos, causados por conta das mudanças no tempo. E os dados não são muito animadores: segundo boletim do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná), a colheita de feijão no estado está em 74%. Deste total, 20% em condições consideradas ruins.

É o caso da lavoura do seu Lademir Delai, que tem propriedade em Cascavel, Oeste do Paraná. Com nove alqueires de feijão plantados, as perdas chegam a 10 sacas por alqueire, ou, pelo menos, 30% do que ele plantou. “Precisava, na verdade, de mais um dia de sol para colhermos. Mas, apesar de estar úmido, resolvi colher antes que chovesse de novo”, conta.

 

Ele explica que a geada de maio e a sequência de chuva prejudicaram e muito a lavoura. “Com essa chuva de agora, a planta fica caída e se perde muito no meio da roça. Também afeta bastante a qualidade, mas precisamos colher”, lamenta.

Apenas na regional do Deral de Cascavel, foram plantados 12.500 hectares de feijão. Com previsão de colher 28.135 toneladas. Da área plantada na região, 35% estão colhidas, 15% em fase de frutificação e o restante em maturação pré-colheita, fase em que há ainda mais prejuízo.

 

“Tivemos perdas significativas por conta da geada do dia 20 de maio, depois pelas chuvas dos últimos dias e agora, novamente, com a geada. O fechamento da safra está sendo uma incógnita porque comprometeu significativamente a qualidade do grão e fica difícil até avaliar”, resume a economista do Deral de Cascavel, Jovir Esser.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

Foto: Lademir Delai

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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