“Vai ser muito prejuízo para o milho”, diz agrometeorologista sobre previsão de geada

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Se tem algo que preocupa o produtor rural nos últimos anos, é a condição climática. A gente acompanhou as perdas de safras causadas pela geada, seca e granizo. E essa instabilidade gera muitas incertezas ao produtor rural.

Agora a preocupação se volta para a previsão de geada, segundo o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho, ela chega ao Sul do país na próxima semana: “Quinta e sexta-feira pode ter geada nos campos de Palmas e algumas regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A partir de terça-feira (17) começa a haver chances de geada na região Oeste e Sudoeste do Paraná. No decorrer da quarta-feira (18), risco de geada em todo o Estado, com potencial de danos no milho safrinha”, detalhou.

Por conta disso, nós fomos saber o que o produtor rural deve esperar nas lavouras principalmente de milho, se a geada realmente chegar. O agrometeorologista, Reginaldo Ferreira explica que as lavouras de milho estão com uma ótima qualidade e que realmente a queda de temperaturas é preocupante: “As lavouras no campo estão um espetáculo, principalmente as de milho, poucos anos são como este. Tivemos aí uma surpresa em relação a chuva de granizo em alguns locais o que trouxe alguns prejuízos, mas foi localizada. Só que agora temos uma surpresa nada agradável, a possibilidade da ocorrência de uma geada relativamente muito cedo. Temos a possibilidade da ocorrência dessa geada em praticamente  toda a região Sul, parte da região Sudeste e ainda parte da região Centro-Oeste. Se isto acontecer vai ser muito prejuízo para os produtores de milho que já vem amargando prejuízos nos últimos três, quatro anos, tanto com seca como a geada do ano passado”, detalha Reginaldo.

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É que para o milho, no estágio atual das lavouras, não há muito o que fazer para proteger a plantação quando a geada chegar, então a orientação de cuidados fica principalmente para quem planta hortaliças: “Não é fácil.  Aqueles que puderem tentar salvar de alguma forma as suas lavouras, que são relativamente pequenas no caso de hortaliça, devem procurar fazer o seu melhor pra que isso aconteça. Já as lavouras de milho que estão relativamente grandes, isso é um pouco mais difícil. A possibilidade realmente é que aconteça temperaturas muito baixas, capaz de causar estragos significativos não só na região Sul, mas alcançando São Paulo, parte de Goiás, parte de Minas Gerais. Então é preciso tentar se preparar para aquilo que puder fazer alguma coisa para pode salvar as suas lavouras esse seria um momento oportuno de tomar algumas decisões”, finaliza o agrometeorologista.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

 

(Foto: arquivo portal Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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