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Preços das carnes batem recorde histórico

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Em março, o Índice de Preços das Carnes da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura em português), aumentou 4,8% em relação a fevereiro e 19% se comparado ao mesmo mês de 2021, chegando perto dos 120 pontos. Este resultado bate o recorde histórico que não era alcançado desde agosto de 2014 quando o preço chegou a marca dos 119,17 pontos.

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CARNE SUÍNA

A maior variação de março foi a da carne suína, de 11,86% em comparação a fevereiro. Segundo a FAO, este resultado ocorreu por conta do menor número de animais disponíveis para o abate no Leste europeu e também o aumento da demanda pela carne suína com a aproximação das comemorações da Páscoa. Além disso, esse resultado foi a maior alteração no preço da carne suína desde 1995, mesmo assim isso não impactou na economia do setor, já que o valor alcançado ficou apenas 1,27% acima do registrado um ano atrás.

Isso também representou queda de 5,3% em relação à cotação alcançada 24 meses atrás, os 97,97 pontos alcançados pela carne suína continuam abaixo dos 100 pontos registrados no triênio 2014/2016, base dos índices da FAO.

 

CARNE DE FRANGO

A carne de frango foi responsável pelo segundo maior aumento de março, cerca de 4,5% a mais que fevereiro. A estabilidade que era mantida há oito meses foi quebrada atingindo a marca de 113,93 pontos. Este índice representou variação anual de 20%, incremento que segundo a FAO, foi impulsionado pela redução da oferta devido aos surtos de Influenza Aviária nos principais países exportadores, sendo ainda mais impactado pela impossibilidade da Ucrânia realizar exportações em decorrência da invasão russa.

Mas embora o aumento anual da carne de frango tenha sido expressivo, de 20%, não foi muito diferente do obtido em dois anos que foi de 22,34%. Além disso, o preço atual se encontra mais de 12% abaixo dos cerca de 130 pontos alcançados em abril de 2013 e que permanece como recorde histórico do setor.

 

CARNE BOVINA

Falando sobre a carne bovina, os preços se firmaram. A disponibilidade de animais prontos para o abate persistiu em algumas das mais importantes regiões produtores, enquanto a demanda permaneceu sólida. Mas, se compararmos aos valores das carnes suína e de frango, a carne bovina foi a que registrou o menor índice de aumento do mês, apenas 1,70% a mais que em fevereiro.

Só que mesmo parecendo um aumento baixo, esse valor foi o suficiente para que a carne bovina, com 139,31 pontos, atingisse novo e consecutivo recorde de preços, valorizando 33% em relação a março, e 41% de valorização em 24 meses. E foi esse desempenho da carne bovina que fez com que o Índice de Preços das Carnes também atingisse novo recorde histórico.

(Débora Damasceno/ Sou Agro com Avisite)

 

(Foto: AEN)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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