Mercado futuro de grãos: o céu é o limite

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/J7TtDtg8GLA

 

#souagro | Produtores rurais vivem dois extremos neste momento em relação ao mercado de grãos, mais especificamente em relação ao milho. Enquanto a cotação atinge valores nunca vistos antes, por outro, é preciso ter cautela, principalmente em razão às intempéries climáticas atribuídas ao longo período de estiagem e pelo ataque voraz das pragas nas lavouras.

O analista de mercado da Granoeste, Camilo Moter, faz projeções para o mercado futuro. “A experiência nos diz o seguinte: quem falar que vai cair [as cotações] pode estar certo, o mesmo acontecendo com quem afirma que vai ficar igual e para quem fala que vai subir”, comenta. O fato é: não se sabe ao certo para onde vão os preços. Mas há algumas luzes que precisam ser evidenciadas. Sobre o milho, com base no preço internacional de hoje, liquida para a exportação brasileira, entre R$ 15 e R$ 20 abaixo do que vem sendo praticado no mercado interno. “A expectativa é de que a colheita da safrinha seja minimamente razoável, apesar da queda significativa que temos, conforme números apresentados pela Conab, IBGE e muitas empresas de consultoria”.

 

Confira mais detalhes na entrevista concedida pelo analista de mercado, Camilo Moter, da Granoeste, ao Sou Agro:

A tendência, de acordo com o analista de mercado, é que haja uma redução das exportações, porque está liquidando bem melhor o preço doméstico. “Já existe inclusive uma operação envolvendo recompras de vendas realizadas ao exterior, para que o produto fique no Brasil”. Isso, de certa forma, diminuiria o impacto causado por um possível desabastecimento. “Com tudo isso, se espera que os preços internacionais não atinjam níveis muito expressivos”.

Todas as situações citadas acima podem criar um quadro favorável para o abastecimento interno e os preços talvez tenham atingido o pico maior dele, há algumas semanas. “Isso é o que se espera, um pouco mais de acomodação, mas ainda temos um caminho a ser percorrido com essa safra no campo, mesmo que com quebra, ainda se consolide para que haja um abastecimento interno razoável”.

 

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SOJA

Em relação a soja, com base nos números atuais, com perspectiva para produção da safra 21/22, consumo interno e a China demandando 103 milhões de toneladas na próxima temporada, milho saltando de 7 milhões para 27 milhões de toneladas de importação, transformando-a em importadora de milho e mais um competidor no mercado internacional. “O foco daqui para frente em relação à soja, é o clima no meio oeste americano, saindo de lá, vamos focar no Brasil. Temos uma demanda muito consistente na soja, mas o foco passa a ser na oferta, com a produção de campo”. A área tende a aumentar, seguindo a realidade dos EUA que aumentou 6% nos Estados Unidos, por isso tem que aumentar de 2% a 3% no Brasil.

(Vandré Dubiela)

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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