Filé 3D

Você comeria um filé impresso em 3D?

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Filé 3D

 

#souagro | Definitivamente, o céu não é o limite para as novas tecnologias em desenvolvimento no mundo dos negócios envolvendo os alimentos. Uma startup israelense, a Redefine Meat, acaba de lançar um filé à base de plantas, apto a ser servido em cortes inteiros nos restaurantes.

A carne pode ser impressa em 3D e permite, pela primeira vez, que sejam oferecidos os cortes inteiros, inicialmente em restaurantes de Israel e na Europa. A Redefine Meat, que produziu seu primeiro filé vegetal impresso em 3D em 2018, pode “imprimir” 10 quilos de carne à base de planta por hora. Seus cortes buscam oferecer a textura fibrosa da carne de verdade e são feitos de proteína de soja, ervilha, grão-de-bico, beterraba, fermento e gordura de coco.

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A empresa, que levantou US$ 29 milhões em uma fase inicial de financiamento, em fevereiro, fez uma parceria com a Givaud, uma empresa de saborização de alimentos, e diz ter desvendado o segredo da suculência da carne.

Pratos feitos com seus produtos, incluindo cortes de carne bovina e de lombo de cordeiro, carne moída e carne suína, estarão disponíveis em restaurantes como a churrascaria Marco Pierre White e o indiano Brigadiers, no Reino Unido, e em nomes com estrelas Michelin como o Ron Gastrobar, na Holanda, e o Facil, na Alemanha.

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O lançamento ocorre em um mercado de proteínas vegetais cada vez mais cheio de concorrentes, com a entrada até de multinacionais de alimentos, como a Nestlé. A Beyond Meat, dos Estados Unidos, abriu o caminho com seus hambúrgueres vegetais, mas até agora as opções oferecidas pela indústria de carne plant based vinham se concentrando em produtos como hambúrgueres e “nuggets” que imitam o frango.

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O “Santo Graal” para a indústria é a produção de carnes “estruturadas”, que se assemelham a cortes de carne bovina ou de frango, tanto visualmente quanto na textura.

Embora as alternativas à base de vegetais que simulam cortes de carne estejam disponíveis nos supermercados, a maioria delas carece da textura fibrosa do produto real. Os empresários e cientistas do setor de alimentos que tentam recriar a textura da carne vêm estudando a estrutura do micélio, uma rede de filamentos de fungos, e voltando-se à impressão em 3D.

(Sou Agro, com agências)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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