#souagro | Um outubro pra lá de molhado. Assim pode ser definido pelo menos os primeiros 15 dias de outubro. Depois de um longo e castigante período de estiagem, a chuva voltou a umidificar o solo e limpa o ar atmosférico. Utilizando como referência dados atuais e históricos captados pela Estação Meteorológica do Centro Universitário FAG, o agrometeorologista Reginaldo Ferreira comenta que nestes primeiros dias do mês, choveu o equivalente a 300mm, com grandes possibilidades de registro de mais precipitações até o fim deste mês. “O mês mais chuvoso do ano continua sendo janeiro, que registrou 450mm”, comenta. De abril a setembro, tivemos um período praticamente seco, com apenas 170mm de chuva.

No mês de fevereiro foram 80mm, em março 100mm, em abril 5mm. “Depois a chuva acabou e surgiu com intensidade em 1º de outubro”. Essa quantidade de água registrada do início desde mês até agora foi muito boa para o produtor, mas melhor ainda para a recomposição do nível dos rios, lagos, reservatórios e também para as pastagens de um modo geral. “É claro que ocorreram alguns transtornos, como consequência deste momento de transição, mas o presente foi maior que os estragos”. Isso costume ocorrer em momentos de temperaturas elevadas se encontrando com frentes frias.

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Em 2020, de janeiro até 30 de novembro, foram 900mm. “Um ano seco, com uma frequência de chuva muito baixa”. De 1º de dezembro até 31 do mesmo mês, foram 300mm. Ou seja, a chuva total do ano passado foi de 1.200mm, abaixo da média histórica regional de 1.800mm. “Por esse motivo, ocorreram perdas significativas na agricultura em 2020”, salienta o agrometeorologista. “Nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, foram 750mm, quase a totalidade do que choveu no ano todo de 2020”. De janeiro deste ano até agora, foram 1.308 milímetros, conforme aponta a Estação Meteorológica da FAG.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

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