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Sobe para 10 o número de casos de raiva bovina

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | E o número de casos de raiva bovina no interior de Cascavel não para de subir. A unidade da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) acaba de confirmar mais casos, subindo agora para 10 no total. Os primeiros quatro casos confirmados em 2022 foram registrados no dia 6 de janeiro, na localidade de São João do Oeste. O melhor caminho para a prevenção é a imunização do rebanho, conforme alertam as autoridades responsáveis.

Em 2021, depois de 10 anos sem registrar um único caso da zoonose, Cascavel contabilizou 12 casos no primeiro semestre. “Quando o produtor notar qualquer alteração ou sintomas neurológicos nos animais, contate imediatamente a Adapar. Isso vale também quando descobrir algum abrigo de morcegos”, informou Luciana Riboldi, médica veterinária da Adapar.

Profissionais da Adapar realizaram nesta semana a captura de morcegos. No abrigo localizado em linha Barreiro, não foram encontrados animais. Entretanto, em outro abrigo, próximo à antiga praça de pedágio, foram capturados 12 morcegos, que foram tratados e liberados para o controle da população de morcegos. Pelos relatos obtidos, havia muito excremento e forte odor característico de sangue em estado de decomposição.

A transmissão é por intermédio da mordida do morcego hematófago, contaminado com o vírus. Os casos registrados até agora no interior de Cascavel estão concentrados em São João do Oeste, Colônia Barreiro e Assentamento Valmir Mota de Oliveira. “Estamos trabalhando com as vistorias, captura dos morcegos e orientação junto aos produtores”, salienta Luciana Riboldi.

A raiva em animais herbívoros é uma das preocupações constantes dos pecuaristas da região Oeste do Paraná. Com o Parque Nacional do Iguaçu como reservatório da doença, volte e meia casos acometem os rebanhos de bovinos, equinos e ovinos dos municípios ao entorno e também dos mais afastados. Transmitida principalmente pela espécie de morcego hematófago (se alimenta de sangue) Desmodus rotundus, a zoonose (que também passa para humanos) precisa ser dada atenção.

Os sinais compatíveis com suspeita de raiva nos herbívoros são o isolamento, perda de apetite, salivação abundante, perda de equilíbrio e consequentes quedas, opistótono (estiramento do pescoço), entre outras. “É importante destacar que a raiva nos herbívoros é a paralítica e não a raiva furiosa, como nos cães. Quando um médico veterinário identifica animais com sintomatologia de doenças nervosas, ele precisa informar obrigatoriamente a Adapar. Nós fazemos a coleta e enviamos ao laboratório o material para confirmar”, disse.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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