Seca Paraná

SECA: oeste protocola pedidos de Estado de Emergência

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | Enquanto a solução não cai literalmente do céu, o produtor rural, com apoio dos sindicatos, protocola nas prefeituras da região oeste paranaense pedidos de Estado de Emergência por conta da grave situação enfrentado no campo, por conta da crise hídrica, considerada uma das mais severas dos últimos 100 anos no Paraná. “Somente a união pela união dos produtores será possível conscientizar os municípios da região a decretar o Estado de Emergência”, comenta o vice-prefeito do Sindicato Rural de Palotina, Edmilson Zabotti.

Um dos primeiros municípios do Paraná a entrar em Estado de Emergência foi Cascavel, no dia 23 de agosto. O decreto terá validade por 180 dias, ou seja, expira em 23 de fevereiro. Nesta semana, o Sindicato Rural de Cascavel fez um pedido de socorro ao prefeito Leonaldo Paranhos, diante dos reflexos provocados pela estiagem nas lavouras. O decreto possibilita a prorrogação da dívida do produtor contraída junto às instituições bancárias para viabilizar as safras.

A estimativa de quebra no milho é de 70% na região. A soja, até agora, perdas entre 20% e 30% e caso não chova nos próximos 15 dias, essa porcentagem tende a aumentar. Os problemas no campo por conta das intempéries climáticas começaram a se agravar em 2020. Neste ano, as dificuldades dobraram, com a seca e as geadas responsáveis por castigar as culturas no solo. O impacto não foi somente sentido no meio rural. A cidade também se viu obrigada a arcar com as altas nos preços de alimentos como o açúcar, café, frutas, entre outros itens.

Na pecuária de leite e de corte os efeitos não são diferentes. Na primeira, muitos produtores se viram obrigados a descartar os animais aos frigoríficos por não tem silagem de qualidade para alimentar as vacas. E na pecuária de corte, além do elevado custo de produção atribuído ao insumo, teve ainda o embargo chinês deflagrado em 4 de setembro por conta de casos atípicos da doença do mal da vaca loura registrado no Brasil.

Nesta semana, os sindicatos rurais de Palotina, Guaíra, Terra Roxa e Marechal Cândido Rondon, protocolaram nas respectivas prefeituras ofícios solicitando o decreto de Estado de Emergência diante das perdas registradas nas áreas agricultáveis. Assis Chateaubriand, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Missal e Itaipulândia também deve decretar o Estado de Emergência nos próximos dias. Na segunda ou terça-feira, o presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Gafuri, protocolará o pedido na prefeitura. Assim que recebeu o ofício, a Prefeitura de Guaíra já publicou e decretou a Situação de Emergência.

Em Palotina, a entrega do ofício ao prefeito Luiz Ernesto de Giacometti foi feita pelo presidente e vice do Sindicato Rural de Palotina, Nestor Araldi e Edmilson Zabotti. Em Guaíra, o presidente do Sindicato Rural de Guaíra, Silvanir Rossetti, entregou o ofício ao vice-prefeito, Gileade Osti.

(Vandré Dubiela / Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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