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SECA: hortifrutigranjeiros também pedem socorro

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | Produtores de frutas, verduras e folhosas do Paraná, os chamados hortifrutigranjeiros, especialmente da região oeste, estão pedindo socorro e defendem isonomia do governo federal na definição de políticas de incentivo ao setor prejudicados pela seca dos últimos anos. O setor pede socorro e reclama da falta de incentivo e de um olhar mais atento para essa fatia de profissionais também responsáveis por garantir alimentação de qualidade na mesa do brasileiro.

A principal reivindicação é a renegociação de dívidas contraídas junto às instituições financeiros para custeio e investimento e taxas de juros justas e não as cobradas atualmente para renegociação, na faixa de 2% ao mês. O pedido é de que esses juros seja de no máximo 5.5 ao ano, um juro de custeio, dentro do Pronamp, o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural.

 

O presidente da Ceasa-Paraná, Eder Bublitz, fala sobre os efeitos da seca no Estado:

 

Prestes a abandonar a atividade, caso uma luz no fim do túnel não surja nos próximos dias, o casal de engenheiros agrônomos Andrei e Giane Mori, produtores de morango no distrito de Espigão Azul, pertencente a Cascavel, precisam lidar com os efeitos devastadores da seca e com o temporal que, mais uma vez, provocou danos na estufa. Eles esperem que o socorro chegue logo por parte do governo, com medidas pontuais. Há cinco anos na atividade, eles garantem nunca ter passado uma situação tão difícil como a atual. “Não queremos que a ministra visite as regiões mais afetadas e busque soluções apenas para os produtores de cereais. Os produtores de frutas e verduras também precisam ser ouvidos”, disse o produtor Andrei Mori. “E a situação da fruticultura, olericultura e horticultura, como é que fica?”, indaga. “Temos contas para pagar e não conseguimos produzir”.

Na tarde de quarta-feira, uma perícia ocorreu na área dedicado ao cultivo do morango para elaboração de um laudo a ser apresentado na instituição financeira onde o produtor possui financiamento. “Há 50 dias não produzimos sequer um fruto e para piorar, essa semana tivemos mais um sinistro por conta do temporal registrado em Cascavel”. Foram quatro sinistros seguidos na propriedade por conta dos temporais em um ano nas estufas, comprometendo o capital de giro do empreendimento. E para piorar, segundo ele, parte das estufas não são cobertas pelas seguradoras, ou seja, é necessário desembolsar mais de 50% dos sinistros.

Segundo o produtor de morango, esse último ano foi muito impactante. “Primeiro porque tivemos mudanças climáticas extremamente fortes. Altas temperaturas, aquém daquilo que vimos nos últimos anos”.  Por conta de todos esses desestímulos, há muitos produtores se desfazendo das estufas e parando com a atividade. “Falta de água, as frutas e verduras não se desenvolvem, sem contar o aumento do custo de produção em mais de 50% de alguns produtos e outros dobraram de valor”. Por isso, os horticultores querem ser amparados assim como o que vem ocorrendo com os produtores de cereais.

 

 

Mesmo com a irrigação, quando o clima está seco, não é possível elevar a umidade relativa do ar dentro da estufa e a temperatura aumenta de maneira significativa. E temperaturas acima de 30 graus, abortam flores. Além dos problemas com pragas.

Os morangos Mãos na Terra existem há cinco anos e todas as questões climáticas afetaram a produção em no mínimo 60% até dezembro do ano passado e 100% em janeiro. As variedades cultivadas são a San Andreas e a Albion. Em tempos melhores, a produção de morangos anual atinge 12 toneladas/ano.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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