Produtores do Paraná começam a acionar seguro
#souagro | Produtores rurais das regiões oeste e do norte do Paraná já mandaram aviso pedindo às corretoras, o acionamento do seguro para cobrir as perdas resultantes da severa estiagem que castiga o Paraná nos últimos quase 50 dias. Quem plantou a soja cedo e sequer teve a sorte de contar com a chuva neste período, não tem outra alternativa a não ser acionar a proteção da lavoura. No oeste do Paraná, os municípios mais afetados pela seca ficam às margens do Lago de Itaipu, ou seja, na Costa Oeste Parananese. Algumas lavouras em Palotina, Terra Roxa e Guaíra também sente os efeitos provocados pela escassez hídrica.
O engenheiro agrônomo Carlos Somacal, da Agri Seg, comenta nas últimas duas décadas, esse pode ser considerado um dos piores para a agricultura por conta dos reflexos provocados pelas intempéries climáticas. “O produtor já está acionando o seguro para atenuar os prejuízos causados pela seca”. “Mesmo que a chuva ocorra agora, não será muito eficiente nas áreas de plantio precoce”.
- Setor se mobiliza para replantio de soja e estado de emergência
- Operação apreende 42 toneladas de grãos com resíduos de agroquímicos
O problema, segundo ele, são as chuvas irregulares. “No mesmo município, enquanto em uma parte chove 30 milímetros, na outra extremidade, não cai uma gota sequer”, compara. “Já tem área que é sinistro certo, com o dano já instalado”. As chuvas são irregulares. Em Toledo mesmo – explica o engenheiro agrônomo -, em um lugar choveu de 20mm a 40mm e no outro canto do município, nada.
Hoje, em relação à quebra de safra, o índice chega a 2% a 3%. “Mas se ficar mais uma semana sem chuva, esse índice vai disparar”. Norte, Noroeste e Oeste já estão acionando o seguro. No interior de São Paulo, os efeitos não são tão acentuados. No começo da semana passada, a chuva que caiu atendeu as expectativas dos produtores paulistas. No Paraná, quem plantou soja mais cedo sente o impacto de uma forma mais intensa.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)