Tanques-rede no Lago de Itaipu

Os tanques-rede de Itaipu três décadas depois

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Tanques-rede no Lago de Itaipu

 

#souagro | Resgatar a história das atividades agrícolas e agropecuárias é também uma das missões do Portal Sou Agro. A região oeste é rica em oportunidades e uma vitrine para o mundo. Um dos projetos bastante audaciosos implantado na década de 1990 pela Itaipu e ainda em andamento é o de tanques-rede, presente nos municípios de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Entre Rios e Mercedes.

Tanques-rede

No Paraná, o uso de tanques-rede em reservatórios é uma atividade produtiva ainda ativa, regulamentada pelos órgãos de fomento e de controle ambiental. Entretanto, no reservatório de Itaipu, é permitido apenas o cultivo de espécies nativas, por conta do decreto 4.256/2002, de junho de 2002, promulgando o protocolo adicional para a Conservação da Fauna Aquática nos cursos dos rios limítrofes entre o Brasil e o Paraguai. É proibido a exploração de espécies aquáticas exóticas em rios transfronteiriços entre os países, como é o caso do reservatório de Itaipu.

A Itaipu promove diversos projetos relacionados à melhoria da qualidade ambiental em sistemas produtivos, com o objetivo de aumentar a segurança hídrica, que significa qualidade e quantidade de água. Desta forma, promove há muitos anos, ações de pesquisa relacionadas com o desenvolvimento sustentável da piscicultura em águas de domínio da União, entre os quais o uso de tanques-rede). A implantação do projeto envolveu a parceria com universidades e comunidades lindeiras ao Lago de Itaipu.

Atualmente os trabalhos estão focados no ordenamento e zoneamento aquícola, incluindo levantamentos ambientais em apoio a estudos da capacidade de suporte para a produção aquícola e no desenvolvimento e disseminação de tecnologias sustentáveis de cultivo de peixes nativos em sistemas de tanques-rede. Também foram realizados investimentos em desenvolvimento de sistemas de criação mais sustentáveis, como o bioflocos e a assistência técnica especializada.

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“Os investimentos em pesquisa, inovação e extensão em sistemas sustentáveis de piscicultura e qualidade ambiental são de interesse estratégico da Itaipu, sendo que as ações e investimentos são realizados de acordo com o Planejamento e Diretrizes empresariais”, comenta o engenheiro agrônomo da Itaipu, André Luiz Watanabe.

A Itaipu apoia por meio de parcerias estratégicas e iniciativas de piscicultura sustentável visando a segurança hídrica do reservatório. Estas parcerias envolvem convênios com instituições de pesquisa e desenvolvimento e contratos de assistência técnica. “As ações têm como objetivo promover o bom uso do reservatório de Itaipu e aproveitamento, a longo prazo, do potencial aquícola da região, estimulando o desenvolvimento territorial sustentável no entorno do Reservatório”, destaca Watanabe.

As espécies nativas mais comuns cultivadas na Bacia do Paraná são pacu, lambari e jundiá. Considerando que a tilapicultura trata-se do cultivo de uma espécie exótica, e em observância ao Decreto nº 4.256/2002, de 03.06.2002, existe o impedimento legal para o cultivo de tilápia ou de qualquer espécie que não seja nativa da Bacia do Rio Paraná, no reservatório binacional.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com informações da Comunicação da Itaipu)

 

Fotos: Rubens Fraulini e Alexandre Marchetti/Itaipu

 

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(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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