Ortigara no AgroExperience

Ortigara fala da perspectiva da agricultura em evento nacional

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Ortigara no AgroExperience

 

As dificuldades enfrentadas pelos agricultores paranaenses com as condições climáticas adversas, as lições da pandemia e a perspectiva de uma nova safra com excelente produção e bons preços foram temas abordados pelo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, no Agro Experience, evento online que reúne centenas de pessoas para discutir a agropecuária brasileira. Ortigara foi um dos entrevistados no encontro de terça-feira. O evento segue até quinta (30).

“É uma sensação de perda pura”, afirmou o secretário a uma pergunta da entrevistadora Lilian Munhoz sobre as consequências da estiagem para o Estado. Segundo ele, a situação já se configurava grave para os produtores paranaenses em setembro do ano passado. “Estávamos com uma estiagem bastante intensa e prolongada que fez atrasar tudo”, disse.

Em decorrência sobretudo desse fator, o Estado perdeu quase 300 mil toneladas de feijão e quase 9 milhões de toneladas de milho de segunda safra, além de apresentar quebras importantes em cana-de-açúcar e em laranja, que sofreu com a estiagem pelo terceiro ano seguido.

A quebra, sobretudo do milho, encareceu a produção de suínos, frango, peixes, leite e outros produtos. Em junho e julho, duas geadas atingiram o Estado e agravaram a situação em algumas culturas já deprimidas, além de provocar perdas na floricultura e olericultura.

“Temos um conjunto relevante de perdas e boa parte não estava coberta por Proagro, por seguro, porque grande parte do milho, que é a principal lavoura afetada, foi semeada fora do zoneamento agrícola em função do retardo da semeadura e colheita da soja”, explicou.

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O Departamento de Economia Rural (Deral) estima que os prejuízos foram de cerca de R$ 15 bilhões. “Esse quadro de encarecimento geral, fertilizantes, pesticidas, maquinário em geral, combustíveis, tudo isso trouxe custo novo para a nossa agricultura”, afirmou. “É certo que o ciclo de valorização dos preços das commodities ainda favorece a relação de troca para o agricultor, mas nós temos alguns setores operando meio que no vermelho, no limite, alguns que não conseguem travar em dólar, por exemplo, o preço final de exportação”.

Ortigara lamentou a pandemia, que tirou vidas e paralisou muitas atividades, mas apontou alguns aprendizados e métodos que, segundo ele, devem se tornar permanentes. “Aprendemos bastante durante a pandemia, aprendemos a nos reinventar também com métodos modernos, novas tecnologias de comunicação, novas tecnologias de trabalho e vamos nos apropriar disso”, acentuou.

 

Fonte: AEN

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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