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Novas imagens ajudam investigação da tragédia por disputa de terras

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Pouco mais de uma semana se passou desde a tragédia que terminou em quatro mortes em Bom Jesus do Sul, Sudoeste do Paraná. Segundo a investigação, o tiroteio foi motivado por uma disputa de terras. O delegado responsável pelo caso, Emerson Ferreira falou sobre o andamento das investigações e sobre as novas imagens que mostram o casal no clube de tiros antes do crime.

ASSISTA O VÍDEO: 

 

De acordo com o delegado, as imagens provam que o casal descumpre a lei quando sai do trajeto casa/clube de tiros e vai até o local do crime com as armas: “Obtivemos acesso aos vídeos onde mostra que o casal Janaína e Cláudio antes de se deslocarem pro local dos fatos passaram em um clube de tiros onde permaneceram por volta de sete a oito minutos. Conforme os vídeos o casal chega ao estande e depois deslocam-se para o local onde ocorreu esse triste episódio. No local dos fatos foram encontradas
algumas armas de fogo como a gente já divulgou anteriormente. No dia dos fatos foram apreendidas três armas de fogo, duas dessas armas de fogo estavam registradas no nome do Cláudio, a outra arma apreendida é uma arma também registrada no nome de um dos envolvidos nesse episódio. Então as três armas apreendidas, duas que aparecem aí nos vídeos e uma terceira, são armas legais e registradas legalmente registradas”, explica o delegado Emerson.

O que acontece é que o casal não tinha permissão para utilizar as armas fora do trajeto estabelecido: “Em relação a essas armas, apesar de serem armas registradas, armas legais, essas pessoas envolvidas no episódio, elas tinham a posse, uma vez que elas tinham suas aulas legalmente adquiridas. Então essas pessoas tinham o direito de possuir e deter essa arma em suas residências. Jamais transportá-las para outro local. Com relação ao casal que aparece praticando tiros no clube, isso é perfeitamente possível e legal. Então o deslocamento do atirador de sua residência para o clube de tiros é previsto em lei. Então é uma conduta lícita. Porém a gente percebe que o casal sai do stand de tiro e vai para o local dos fatos. Então esse trajeto não é permitido. É uma conduta ilícita. Então resumidamente embora as três armas fossem armas legais e registradas, pessoas não poderiam em hipótese alguma estar portando essas armas no local dos fatos. Então a partir do momento que essas pessoas por não terem o porte terem apenas a posse elas respondem pelo porte ilegal de arma de fogo”, finaliza o delegado.

 

O delegado disse que ao falar sobre responder por porte ilegal de arma é para a lei geral, pois neste caso as pessoas em questão que aparecem as imagens, são vítimas fatais do tiroteio. Os três sobreviventes da tragédia não estão presos, eles prestaram depoimentos e foram liberados.

O CRIME

No dia 15 de fevereiro quatro pessoas morreram em um tiroteio em uma disputa de terras. Toda troca de tiros o foi registrada em vídeos gravados por um celular. A Polícia informou que a área que motivou o tiroteio está em processo de inventário, o que acontece é que duas pessoas se diziam dona das terras: um comerciante e um agricultor. A investigações descobriu que o produtor rural plantou soja naquela área e cuidava do cultivo, o comerciante descobriu que isso estava acontecendo e então foi até a propriedade tirar satisfação, foi então que tudo aconteceu.

Os envolvidos entraram em uma discussão bastante intensa e em determinado momento o tiroteio começa. Na troca de tiros duas pessoas de cada lado da disputa morreram, sendo eles o comerciante e a esposa que morreram ainda no local. O agricultor e um funcionário chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. Uma quinta pessoa foi atingida na perna.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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