Produtor conta como fez árvores terem aumento de 90% na produção de nozes

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Divulgação

Um crescimento de 90% na produção devido ao amadurecimento de seu pomar é o que espera Emerson Lava. Além disso, o produtor, associado ao Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) garante que as medidas de prevenção aos extremos hídricos e podas anuais também auxiliaram as nogueiras este ano. A agroindústria está situada em Colorado (RS) e o início do plantio de mudas se deu em 2017.

O relato de Lava sobre os cuidados na Pecan da Estância poderia ser uma aula aos que desejam ingressar na produção. E tudo começou antes mesmo da primeira muda. Ele conta que realizou visitas e que uma ação sempre surgia como a mais necessária para um bom resultado ao final da safra: irrigação. “É um manejo de irrigação mais simples, porque nós trabalhamos com quatro hectares apenas, então não tem necessidade de montar aquela estrutura bem maior como é necessário com os pomares bem maiores. Então, a gente fez por gotejo, hoje a gente tem 2 litros de água por hora em cada planta”, conta, explicando que não é o ideal, com cintas de irrigação em cada carreiro de árvores, uma a cada lado, para ter um melhor aproveitamento também da planta.

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Além dos cuidados com as pragas, como sarna e traquinos, o pomar de Lava conta com um olhar dedicado ao solo. A propriedade não é monocultura, pois há produção de milho, soja e trigo. A palhada que a integração destas lavouras fornece, vai também para o entorno das árvores, ajudando a reter umidade no solo, melhorando o crescimento e enchimento dos frutos. E mesmo com todos estes cuidados, a produção pode sofrer perdas em razão de outro período extremo, as fortes chuvas de maio de 2024 e o período em que a planta recebeu pouca incidência solar. Um ano antes, em 2023, o produtor já havia se preocupado com o quanto de sol a nogueira recebia. “A gente fez a poda de topo no inverno e abriu um pouco mais a planta. Eu digo sempre: ao meio-dia, você teria que entrar embaixo do pé e ter 50% de sombra e 50% de sol. É importante para desenvolver bem os ramílios, que é onde a gente tem a maior produção numa planta”, detalha.

Ainda sobre o cuidado com o solo, uma ação também tomada dois anos atrás, ainda está surtindo efeito na propriedade. Lava conta que se dedicaram a adubar com esterco de porco. “A gente fazia por gotejo, com os produtos que tem no mercado, e também alguma coisa via aérea ao redor da copa da planta, com uma ureia, um superfosfato triplo, um NPK. Mas depois de conversar com colegas, pegamos um caminhão de esterco de suíno e espalhamos nos dois lados de cada carreiro”, detalha o produtor. Ele notou desenvolvimento favorável, folhas mais bonitas e verdes e que a colocação assertiva do adubo natural, que permeou o solo, depois de um ano e dois meses, ainda se mostra eficiente, pois a brotação e as nozes deste ano estão mais bonitas.

(Por Ieda Risco/Agro Effective)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos, como o Jornal A Cidade e o Jornal do Oeste. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. De 2010 a 2020, foi repórter da Catve, afiliada da TV Cultura em Cascavel-PR. Desde 2021, é jornalista da Tarobá, em Cascavel, onde atualmente exerce as funções de coordenadora de reportagem e apresentadora. Em 2023, integrou a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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