Arroz: Média mensal é menor desde 2023

Em janeiro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) teve média de...

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em janeiro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) teve média de R$ 99,72/sc, sendo o menor valor desde agosto/23.

No comparativo com janeiro/24, a desvalorização é de 21,63%. Segundo pesquisadores do Cepea, desde novembro/24, a comercialização do produto tem se mostrado enfraquecida, refletindo a “queda de braço” entre vendedores e compradores.

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Além disso, a pressão do atacado e varejo, que busca cotações menores para o arroz beneficiado, vem limitando as compras de matéria-prima pelas unidades de beneficiamento, que comentam dificuldade no repasse de preços. Do lado dos produtores, pesquisadores do Cepea explicam que muitos, descontentes com os patamares atuais, preferem adiar as negociações, aguardando uma possível valorização.

Assim, parte desses orizicultores se mantém focada no manejo das lavouras, buscando melhorar a produtividade, enquanto outros seguem colhendo soja. Historicamente, nesta época do ano, os preços do arroz costumam subir, impulsionados pela oferta mais restrita, com o término da safra, e pela maior demanda especialmente por parte das indústrias, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

Algodão: Preço se enfraquece em janeiro

Após dois meses de alta, os preços do algodão em pluma se enfraqueceram em janeiro, conforme apontam levantamentos do Cepea. No acumulado do mês, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 1,92%, fechando a R$ 4,1143/lp no dia 31.

A média de janeiro/25 foi de R$ 4,1567/lp, 0,26% acima da de dezembro/24, mas 2,45% inferior à de janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de dezembro/24).

Segundo o Centro de Pesquisas, alguns vendedores estiveram ativos no spot nacional ao longo de janeiro, mas a demanda desaquecida explica o enfraquecimento das cotações. As novas aquisições foram pontuais, ocorrendo especialmente nas últimas semanas de janeiro.

Conforme pesquisadores do Cepea, agentes também estiveram focados na realização de novos contratos envolvendo a pluma ainda da safra 2023/24 com entrega nos próximos meses, e das próximas temporadas, como a 2024/25 e a 2025/26.

(Com Cepea)

(Fernanda Toigo/Sou Agro)

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