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Agroindústria abre o ano em alta de 1,3%, mas demonstra perda de fôlego

Emanuely
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#sou agro| De acordo com a pesquisa mensal do FGV Agro sobre a Agroindústria, em janeiro de 2023, a produção agroindustrial registrou uma expansão de 1,3% frente ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se do maior crescimento para o mês desde 2018 (5,4%) e corresponde ao quarto crescimento anual consecutivo.

No entanto, vale destacar que a alta de janeiro foi a menos intensa dos últimos quatro meses, demonstrando um possível desaquecimento do setor. A expansão verificada foi derivada, exclusivamente, do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (+4,6%), uma vez que o segmento de Produtos Não-Alimentícios contraiu (-3,0%).

Produtos Não-Alimentícios

Em janeiro/2023, o volume de produção do segmento de Produtos Não-Alimentícios contraiu 3,0% na relação interanual, correspondendo à quinta queda consecutiva para essa base de comparação. Dentro desse segmento a queda foi quase generalizada entre os setores, sendo que as únicas exceções foram Biocombustíveis e Fumo.

Biocombustíveis (25,5%): esse é o quarto crescimento consecutivo, após um período de mais de dois anos com a produção apresentando taxas de variações interanuais negativas. Parte dessa forte alta deve-se à estreita base de comparação, uma vez que, em janeiro/2022, a produção do setor contraiu 31,9%.

Para 2023, o cenário para o setor é positivo, uma vez que, com a reoneração da gasolina em maior proporção do que a do etanol, deve aumentar a competitividade do biocombustível e favorecer a sua produção ao longo do ano. Contudo, há a discussão de mudança na política de preços praticada pela Petrobrás, com a expectativa de adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior, o que, naturalmente, se ocorrer, deverá impactar na produção de biocombustíveis. Fumo (3,8%): o setor vem registrando taxas interanuais de crescimento positivas sucessivas desde março/2022, sendo que a única exceção foi em dezembro/2022, quando contraiu 10,2%.

Na publicação deste mês destaca-se a mudança de metodologia da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física (PIM-PF), do IBGE, a qual serve de base para o PIMAgro. Com isso, o Índice de Produção Agroindustrial do FGV Agro sofreu alterações, porém, a nova metodologia, assim como no caso da PIM-PF, não modificou a visão sobre o comportamento da agroindústria, apesar de os valores se alterarem pontualmente ao longo das séries históricas.

(Com agências)

(Emanuely/Sou Agro)

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