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Saiba como está a evolução no mercado do leite

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagr| A Equipe do Cepea monitora a cadeia do leite desde 1986 e calcula indicadores de preços líquidos ao produtor desde 2004. Ao longo destas décadas, o mercado passou por várias transformações, que se refletiram em desafios. Mas o Centro de Pesquisas acompanhou tais evoluções, por meio de ajustes metodológicos, buscando sempre garantir a transparência da informação divulgada.

O preço do leite captado em novembro e pago aos produtores em dezembro de 2022 foi de R$ 2,5286/litro na “Média Brasil” líquida, baixa de 6,7% frente ao mês anterior, mas 12,8% maior que o registrado no mesmo período de 2021, em termos reais. Considerando-se a média de janeiro a dezembro, de R$ 2,7050/litro, o patamar de preços subiu 13,1% em relação ao registrado em 2021 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de dezembro/22).

A comercialização de derivados lácteos seguiu recuando em dezembro/22, ainda influenciada pela pressão dos canais de distribuição por preços menores. Agentes de mercado consultados pelo Cepea relataram que, apesar do aumento pontual das vendas de derivados devido às festas de fim de ano, o consumo, em geral, esteve desaquecido em dezembro, levando os preços a oscilarem bastante durante o mês.

As importações brasileiras de derivados lácteos fecharam dezembro com leve queda de 0,16% frente a novembro, totalizando 152,6 milhões de litros em equivalente leite, o menor volume desde setembro/22 – os dados são da Secex. A baixa ocorreu pelo terceiro mês consecutivo. Por outro lado, o total importado de janeiro a dezembro/22 avançou.

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira avançou 2,53% na “Média Brasil” (BA, GO, MG, RS, SC, PR e SP) em 2022 – o aumento do COE acumulado em 2021, por sua vez, havia sido de fortes 18,67%. A alta observada em 2022 esteve atrelada, principalmente, a elevações nas categorias de concentrados, medicamentos e operações mecânicas. Entre novembro e dezembro, especificamente, houve queda de 0,56% no COE, influenciada pela baixa nas cotações dos fertilizantes.

(Com Cepea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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