Foto: Sou Agro

Três safras no ano na mesma lavoura? Sim, é possível e a gente mostra como

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Já imaginou produzir três safras no ano na mesma lavoura? Bom, podemos dizer que isso é possível com apoio da tecnologia. A gente já até apresentou pra vocês aqui no Sou Agro, a tecnologia de suplementação luminosa do Grupo Fienile que é uma verdadeira inovação no campo. Mas agora o pivô chega para ganhar os produtores do Oeste paranaense.

O grupo Fienile lançou no Espaço Impulso do Show Rural Coopavel, o pivô de irrigação luminosa. O pivô está instalado na área de experimentos do parque e estará disponível para os visitantes do Show Rural 2023.

Gustavo Alexandre Grossi, é o CEO do grupo Fienele e explica detalhes sobre a possibilidade de produzir tanto em uma mesma lavoura.

“A reação de quando você fala três safras, assusta porque eu morei no Paraná. Eu sei como são as condições climáticas daqui de Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Lá pra cima já é mais tranquilo, porque nós temos uma janela e temos várias culturas que você pode implantar, aqui já é limitado. Então, esse é o nosso maior desafio, mas como que nós vamos fazer isso? Tentando trabalhar com materiais precoces, aproveitar a época de plantio, não perder a janela de plantio, antecipar o ciclo da cultura e fazer o processo que é onde ocorre a maturação da planta.  Isso acaba diminuindo a janela do milho, ter que ficar esperando para secar no pé e você ter que esperar chover. Quem tem tecnologia de pivô hoje, pode plantar mais cedo, pode garantir uma boa chance de grão, pode garantir o florescimento, então, e aproveitar todos os recursos que a tecnologia nos põe para tentar chegar a terceira safra. A ideia é como aproveitar essa janela, usar o máximo de tecnologia, seja mecânica, seja estática, seja elétrica, seja de inteligência artificial, seja robótica. Mas nós vamos fazer isso aqui acontecer”, explica.

 

A tecnologia de suplementação luminosa utiliza luzes artificiais para simular a luz do sol e estimular a fotossíntese nas plantas através da emissão de um espectro eletromagnético apropriado e, assim, compensar ou  substituir a baixa disponibilidade de luz natural em determinadas regiões.”Como nós temos uma diversificação de clima e tempo. O solo e até a própria cultura ela é muito diversificada. Então cada lugar do Brasil que nós vamos num raio de 30 a 40 quilômetros, nós somos obrigados a fazer um novo projeto, porque se eu for Foz de Iguaçu, chove diferente daqui. Se eu for a Medianeira, o clima de lá é diferente aqui. Então você tem que moldar projetos locais e depois daquele projeto local moldado, ele serve de referência até uma certa distância, onde é tudo muito similar. Aí depois você começa uma nova experiência, uma nova moldura de projeto, com novo tipo de agricultor, com um novo conceito e com as variações climáticas que ocorrem na região. Só assim eles vão conseguir atender toda a demanda do pequeno e do médio grande agricultor”, explica.

E a expectativa que já para o ano que vem a gente já consiga ter três safras produzindo dentro do programa do Espaço Impulso.
“Esse é o meu desafio. Além de provar que a gente faz três safras, eu quero provar a rentabilidade do negócio. Quantos por cento, dez ou 20 ou 30 ou 40? Será que ele pode ter mais tendo uma safra a mais e começar a reduzir todo tipo de fungicida inseticida? Porque quando você começa a fazer a diversificação de rotação de culturas, você começa a quebrar ciclos de praga e doenças e de erva daninha. A tendência é começar a enxugar todo tipo de custo e tentar melhorar todo o tipo de rendimento”, finaliza Gustavo.

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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