SEGURANÇA
Carga ilegal: caminhão carregado com milho irregular é apreendido no Paraná
#souagro| Depois das cargas de vinhos argentinos e também de gado entrando ilegalmente no Brasil, agora o flagrante é de uma carga de milho. O fato foi registrado no Sudoeste do Paraná por policiais militares do BPFRON – Batalhão de Polícia de Fronteira.
As equipes estavam em patrulhamento pela cidade de Santo Antônio do Sudoeste, quando abordaram um caminhão. Durante a vistoria, foi constatado que o veículo estava carregado com 230 sacas de milho de origem Argentina sem os trâmites aduaneiros, ou seja carga totalmente irregular.
Diante do flagrante, o motorista, um homem de 44 anos foi identificado e liberado em seguida. Já o caminhão carregado com o milho, foi apreendido e entregue na Receita Federal do Brasil em Santo Antônio do Sudoeste-PR para os procedimentos necessários.
PREOCUPAÇÃO COM PRODUTOS ARGENTINOS
VINHOS
Há meses a gente acompanha aqui no Sou Agro a questão dos vinhos argentinos. Inclusive a Polícia Rodoviária Federal já demonstrou preocupação com esse aumento das apreensões de vinho com entrada irregular no Brasil. É que segundo a PRF o perfil de quem traz o vinho ilegalmente tem mudado nos últimos anos. Se no início das apreensões era mais comum o “pequeno contrabandista”, pessoas transportando pequenas cargas, agora o crime organizado é o dono o comércio do vinho ilegal. A utilização de veículos roubados, clones, batedores e olheiros são alguns dos artifícios praticados pelos contrabandistas e quadrilhas.
GADO E FEBRE AFTOSA
Além disso, a questão do gado também é preocupante. Em abril nós falamos aqui no Sou Agro sobre a preocupação do contrabando de gado vindo da Argentina para o Brasil. Na época, a Operação Boi Viajante da Polícia Federal no Paraná e Santa Catarina, foi deflagrada com foco no contrabando de gado vindo da Argentina para o Brasil. As investigações apontaram que aproximadamente 5,7 mil bovinos entraram ilegalmente no Brasil por meio de propriedades localizadas na divisa entre os dois países, o valor estimado ultrapassava os R$ 14 milhões.
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No fim de julho a Polícia já havia realizado outra apreensão de gado argentino entrando ilegalmente no Brasil. Na época, em entrevista a jornalista Débora Damasceno, Allan Pimentel, gerente de trânsito agropecuário da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) falou sobre a preocupação com a febre aftosa. É que em maio do ano passado, o Paraná conquistou o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Mas será que estes casos de ingresso ilegal de gado podem ameaçar isso de alguma maneira?
“O primeiro risco que nós temos é o risco do ingresso do vírus da aftosa, então um animal doente acaba ingressando no estado e acaba criando um foco numa determinada região e esse foco num raio de 15 quilômetros ele terá todos os seus animais abatidos tanto suínos quanto bovinos. Pense no prejuízo econômico que isso pode causar em uma região”, detalhou Allan.
Ou seja, o policiamento e fiscalização está reforçado para evitar que situações assim aconteçam e coloque em risco a situação sanitária brasileira.