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Valorização da última safra de fumo faz plantio aumentar no PR

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A produção de fumo teve aumento depois de oito safras em queda no Sul do Brasil. Falando especificamente do Paraná, o aumento foi de 4%, número não tão significativo, afinal o estado não é um grande produtor do tabaco, mesmo assim esse número deve impactar nos resultados da produção e pode incentivar ainda mais o cultivo.

Segundo o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), Methodio Groxko a produção é mais concentrada em algumas regiões paranaenses: ” Hoje nós estamos com 73 mil hectares, 4% maior que o ano passado e uma produção prevista também de 175 mil toneladas. A produção está mais concentrada nos núcleos regionais de Ponta Grossa, Irati e União da Vitória.

 

Esse aumento é de 4%, tem nome: a ótima rentabilidade na última safra que motivou os produtores a investir mais na cultura.

“O principal motivo foi que a última safra foi muito beneficiada comercialmente falando. Nós tivemos pela primeira vez na história que foi dispensada a classificação do fumo, ou seja, do jeito que o produtor secava na estufa, ele só enfardava e sem fazer aquela classificação inicial que era feita nas propriedades. Isso já beneficiou muito, porque o produtor já evitou uma boa parte do trabalho.
Além do mais, em função de uma produção um pouco menor em nível nacional, os preços foram muito bons. Foram pagos boa parte de todas as classes acima do melhor preço, que é considerado o BO1, que é o maior preço entre todas as classes. E então, como a média ficou até acima, o produtor foi muito beneficiado em função disso. E foi isso, por essa causa, que aumentou um pouco o plantio este ano.”, diz o técnico.

 

Falando de estimativas, esses bons resultados podem incentivar que nos próximos anos os produtores invistam mais no fumo, mas ainda é muito cedo para fazer essa estimativa, afinal o plantio começa em setembro, outubro e a colheita na segunda quinzena de dezembro e vai até final de março.

“Isso depende muito, o fumo sobe desce eu acho que depende muito do comportamento, da comercialização e da produção deste ano. Infelizmente, a safra esse ano não está muito boa. Por enquanto, aqui no Paraná, pelo menos as lavouras foram bastante prejudicadas pelo excesso de chuva, sim. Então, em função disso que nós vamos ver, é muito cedo ainda, porque a colheita nem começou, que vai começar lá no dia 15 de dezembro em diante. Vamos ver o comportamento da comercialização deste ano para daí traçar as projeções que ainda está muito cedo”, finaliza Methodio.

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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