CAFÉ

Ferramenta biotecnológica agiliza lançamento de novas cultivares de café

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A aplicação da técnica de seleção genômica ampla permite que o melhoramento genético do cafeeiro se torne mais ágil e eficaz. Essa foi uma das conclusões do documento Aceleração do melhoramento do cafeeiro via seleção genômica: agilidade e eficácia no lançamento de novas cultivares de café.

Com a técnica de predição genômica, é possível identificar materiais que possuem em seu DNA genes favoráveis à expressão de certas características de interesse da cadeia produtiva, utilizando marcadores moleculares. Desse modo, a presença de determinados marcadores é capaz de indicar que a planta possui uma característica a eles relacionada, como, por exemplo, resistência a determinada doença, boa produtividade etc.

 

O resultado é fruto do trabalho de pesquisadores da Embrapa Café (DF), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e da  Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

A GWS permite predizer o comportamento dos indivíduos precocemente, o que, sem a ferramenta, só seria possível na idade adulta. Isso é especialmente importante para o melhoramento de organismos perenes, que geralmente levam muito tempo para atingir a idade adulta ou a fase de produção. É o caso de animais, espécies florestais, fruteiras, cana-de-açúcar e o café. O valor genético genômico é a previsão das características fenotípicas que um indivíduo terá e que é estimado pelos milhares de marcadores moleculares distribuídos no genoma. “Esses marcadores podem ser analisados em qualquer estágio de desenvolvimento da planta, inclusive quando ela é jovem (muda).

 

Seria uma predição de como o indivíduo se comportará em termos das características de interesse agronômico”, detalha a pesquisadora da Embrapa Eveline Caixeta, que coordenou a pesquisa que avaliou a eficiência da GWS na predição de caracteres produtivos, agronômicos e de resistência a doenças e pragas do cafeeiro. O trabalho também analisou a eficiência da técnica para predizer o valor genético genômico (GEBV) de populações dessas plantas em melhoramento.

“Nosso objetivo com a publicação é demonstrar como uma das ferramentas biotecnológicas disponíveis pode auxiliar os programas de melhoramento genético do cafeeiro e, assim, acelerar a obtenção de cultivares melhoradas”, declara Caixeta. Segundo a pesquisadora, os estudos de seleção genômica em cafeeiro são ainda incipientes e as informações nessa área são importantes para subsidiar ações de melhoramento da cultura. Estudos na área também ajudam a conferir maior sustentabilidade ao sistema produtivo da cadeia do café, de acordo com a cientista.

Os estudos registraram que a GWS contribuiu para o melhoramento tanto do café arábica quanto do canéfora, ao possibilitar a redução no tempo necessário para completar o ciclo de seleção fenotípica. “Obtivemos resultados semelhantes para as duas espécies e para as principais características agronômicas de cada uma delas. De acordo com os trabalhos iniciais que fizemos, estimamos uma redução de metade do tempo de seleção para ambos”, relata.

Leia a pesquisa completa AQUI.

(Débora Damasceno/Sou Agro  com Embrapa)

(Foto: Embrapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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