Foto: reprodução internet

Conheça o projeto que recupera pastagens e áreas degradadas em áreas rurais

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: reprodução internet

#souagro| Em relatórios, técnicos de campo credenciados ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) relataram a recuperação de mais de 150 hectares de pastagens e áreas degradadas em propriedades rurais no extremo leste do estado. As áreas são localizadas nos municípios de Vila Rica e Santa Terezinha, ambos assistidos pelo Projeto FIP Paisagens Rurais há dois anos.

Foram utilizadas estratégias de recuperação dos solos degradados, como curvas de níveis, plantio em solos descobertos, adubação e calagem, divisões das pastagens, aumento Unidade Animal (UA) por hectare, controle de altura de entrada e saída nas pastagens com isso um melhor proveito na colheita desta pastagem, cursos e treinamentos de capacitação aos produtores assistidos.

 

Segundo o supervisor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT, Marcelo Nogueira, a partir das intervenções e orientações trazidas pelos técnicos de campo junto aos produtores, foram identificadas melhorias na região. “Os resultados encontram-se em relatórios técnicos, aplicativos e software de gestão e controle zootécnico que são ferramentas de auxílio e controle do projeto”.

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Técnica de campo com família atendida

 

Milene Rodrigues Dias, técnica de campo credenciada à instituição, destacou os resultados de três propriedades assistidas. Na Fazenda Boi Preto, em Vila Rica, foram renovados 96 hectares de pastagem, sendo que a área recuperada está sendo dividida em piquetes para terminação de animais em pastejo.

Já em Santa Terezinha na Fazenda Morro Alto, houve renovação de talhão com 20,7 hectares, construção de bebedouro para abastecimento de três divisões de pastagens com capacidade total de 10.000 litros e construção de poço semi-artesiano para abastecimento de bebedouro construído.

 

O piqueteamento foi a solução para a Fazenda Campo Verde. “Implantamos sistema rotacionado, com a construção de 16 piquetes e divisões de cercas a baixo custo por meio da utilização de cerca elétrica”, destacou.

Em Santa Terezinha, no Sítio Pé do Morro, assistido pelo técnico de campo, Denner Nunes, foram recuperados 40 hectares de pastagens. Em outra propriedade, Sítio Boa Vista, a orientação foi realizar análise de solo e também divisão de pastos. “Realizamos piqueteamento dos pastos maiores aumentando a taxa de lotação e produção de volumoso (silagem) ”.

Localizado no P.A São José no município de Vila Rica, o Sítio Salgado Filho, assistido pelo técnico Marcos Santana, recuperou 1.5 hectares de área degradada pelo projeto. A Área de Preservação Permanente (APP) está sendo recuperada por meio do plantio de mudas de árvores frutíferas e madeira de lei.

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Segundo o proprietário do sítio, Antônio Alves da Silva, o FIP é muito importante para o futuro de sua propriedade. “Quando adquiri a área, ela já se encontrava degradada. Com o projeto já consegui plantar em torno de 700 árvores e isso é muito importante para a preservação”.

 

Silva reforça ainda que as ações conscientizam muitos produtores da região em relação à preservação ambiental. “No município há muitas áreas degradadas, se cada produtor plantasse árvores e recuperasse parte da área degradada da sua propriedade, já ajudaria a conservação ambiental”.

Projeto

O projeto FIP Paisagens Rurais tem como foco gestão integrada da paisagem do Bioma Cerrado, preparando o produtor rural para recuperar e conservar a vegetação de APPs e Reserva Legal, além de incentivar a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono.

É um projeto nacional coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) e tem como parceiros a agência de cooperação técnica alemã GIZ, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Embrapa. O Projeto também conta com o apoio do Banco Mundial.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Senar)

 

(Fotos: Senar)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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