Veja onde o custo de produção no campo teve maior reflexo nos supermercados

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

#souagro| Os altos custos de insumos para produtores rurais já têm reflexos nas gôndolas dos supermercados. As dificuldades no campo refletem diretamente nas prateleiras e o valor da cesta básica aumentou em junho em nove das 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Entre maio e junho as maiores altas foram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza – 4,54%; Natal – 4,33%; e João Pessoa – 3,36%.

Segundo a pesquisa, São Paulo foi a capital onde a cesta básica teve o maior custo, de R$ 777,01, seguida por Florianópolis a R$ 760,41, Porto Alegre  a R$ 754,19 e Rio de Janeiro a R$ 733,14.

 

Na comparação com junho do ano passado todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife.

A pesquisa indicou ainda que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.535,40, ou 5,39 vezes o piso mínimo. Em junho de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00.

 

Produtos

De acordo com a pesquisa, dos produtos cujo preço aumentou em todas as capitais aparece o leite integral com as maiores altas em Belo Horizonte de 23,09%, Porto Alegre de 14,67%, Campo Grande de 12,95% e Rio de Janeiro de 11,09%. No caso da manteiga, as maiores elevações ocorreram em Campo Grande de 5,69%, Belém 5,38% e Recife (3,23%).

Em 15 das 17 capitais o preço do quilo do pão francês subiu, com os maiores percentuais em Belém (10,29%), Salvador (3,36%) e Natal (3,21%). O preço da farinha de trigo, que é coletada no Centro-Sul, teve seu preço elevado em todas as capitais, com destaque para em Brasília (6,64%) e Vitória (5,49%).

 

O quilo do feijão carioquinha subiu em todas as cidades onde é pesquisado e teve variação entre entre 3,67%, em Belém e 13,74%, em Recife. O preço do quilo do café em pó cresceu em 13 capitais, com as principais altas em São Paulo (4,43%), Belém (3,31%) e Recife (3,31%).

No sentido contrário aparece a batata que apresentou queda de preço em todas as cidades, com as reduções mais expressivas em Campo Grande (-19,60%), Florianópolis (-16,31%) e Belo Horizonte (-14,72%).

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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