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Plano Safra deve ser anunciado na próxima semana, o que o produtor deve esperar?

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O Plano Safra 2022/23 é uma grande espera do agronegócio, afinal vigência do plano atual, termina no dia 30 deste mês e os produtores rurais aguardam ansiosos pela liberação dos valores.

O Governo Federal promete que esse novo plano será robusto. Com todas as instabilidades do mundo financeiro mundial e os efeitos climáticos enfrentados pelo setor agropecuário, o crédito para o setor rural é fundamental para o planejamento da produção.

 

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“Mais do que nunca, esse ano o crédito para o setor rural ele é importante. Quando nós observamos a alta da taxa de Selic, a forma de combater a inflação, nós percebemos que cada vez mais nós precisamos de uma atuação principalmente de recursos públicos, porque quando você tem uma alta de inflação, você precisa de mais recurso pra equalizar os juros. Então nesse momento é importante nós nos debruçarmos disso. Final de junho está aí, nós precisamos fazer com que esse plano Safra seja um plano plausível do tamanho que é o setor agropecuário brasileiro”, disse José Mario Schreiner, vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O plano atual que ainda está em vigência vai ficar marcado pela suspensão da tomada de crédito pelos produtores durante quatro meses, o que dificultou muito a organização dos produtores  gerou muita preocupação e ainda deixa o setor em alerta.

“Os produtores eles costumam concentrar suas preocupações em dois pontos. O volume, claro, ele quer chegar no agente financeiro, no seu banco de preferência ou na sua cooperativa de crédito e ter o recurso disponível. Mas sobretudo ele quer ter com o recurso controlado, com o juro mais baixo possível. Sobretudo numa situação como essa que os produtores já estão com os custo de produção em alta, uma pressão sobre o caixa lá em cima e ainda tem uma perspectiva de desembolso, pagamento de juros ainda maior. Então volume e juros são preocupações constantes”, detalhou Antonio da Luz, economista da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul).

 

O valor exato ainda não é divulgado pelo governo, mas a promessa é de um Plano Safra com recursos que atendam de fato as necessidades do setor:

“A gente está realmente tentando espichar ao máximo para que a gente tenha um plano robusto pelo que a gente precisa diante da condição de realmente garantir uma oferta mundial de alimentos. Quer dizer, a gente tem que não só atender nosso mercado doméstico, mas também as demandas no exterior, manter a nossa liderança”, disse Guilherme Soria Bastos Filho que é secretário de política agrícola do MAPA.

 

No Plano Safra atual o valor disponibilizado foi de R$ 250 bilhões para o Crédito Rural. Para o que deve ser lançado, a expectativa é de que esse valor seja pelo menos 50% maior que o anterior.

“Com 50% nós conseguimos cobrir a inflação. No entanto, a área plantada está aumentando. Então eu preciso mais do que 50% para atender a demanda. Então isso em termos de quantidade, mas eu preciso olhar também do ponto de vista qualitativo. O que é um recurso do Plano Safra? Eu estou eu me refiro aquele que o juro é controlado? ou aquele que está dentro do Plano Safra o recurso é livre? Sim, porque se o recurso é livre e o agente financeiro pode e deve até por uma questão de custo de captação e emprestar 16, 17, 18 até 20%  então, para que estar dentro do Plano Safra?”, finalizou o economista Antonio da Luz.

A expectativa é que o novo Plano Safra seja anunciado na semana que vem, se isso acontecer, o dinheiro deve estar disponível nas instituições financeiras em 1° de julho.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Terra Viva)

 

(Foto: Envato)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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