fertilizantes
ESPECIAIS

Agricultor deve redobrar atenção na compra de fertilizantes

fertilizantes
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Nos últimos meses, os fertilizantes estão no ponto alto de discussões do agronegócio. Depois da pandemia, a guerra entre Rússia e Ucrânia deixou um cenário de incertezas e muita preocupação. Por conta disso, o tema é tão debatido no setor. Só que além do receio da falta dos produtos, há também alerta sobre as fraudes na aquisição dos insumos.

É justamente por isso que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), elaborou um documento para orientar os produtores rurais na compra, recebimento e uso de fertilizantes, inoculantes e corretivos.

O objetivo é prevenir a aquisição de produtos adulterados que podem causar danos aos equipamentos, prejuízos econômicos e, principalmente, desenvolvimento inadequado dos cultivos.

 

As orientações se aplicam a fertilizantes minerais, organominerais ou orgânicos, bem como os inoculantes, corretivos (calcário agrícola), condicionadores de solo, remineralizadores (pó de rocha), biofertilizantes e substratos para plantas.

Para o coordenador de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, Henrique Bley, o papel dos produtores é fundamental na prevenção de fraudes. “O Ministério atua na fiscalização dos insumos agrícolas para promover a sua qualidade. Cabe ao produtor comprar fertilizantes de procedência para evitar prejuízos”.

Com relação à compra, CNA e Mapa recomendam aos produtores a procura de uma empresa produtora de insumos ou representante comercial estabelecido, como agropecuárias e cooperativas. No caso de dúvida, verificar no site das empresas ou contatar o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) para saber quais são os representantes comerciais disponíveis em cada região.

 

Outra dica importante é perguntar a marca comercial do produto, empresa produtora, garantias (fórmula NPK) e número de registro do produto no Ministério da Agricultura. A lista com as empresas produtoras e importadoras de fertilizantes registradas está disponível AQUI.

A CNA e o Mapa também orientam os produtores para evitar compras por telefone, redes sociais, anúncios de classificados na internet ou de pessoas que visitam a propriedade rural sem referências prévias e garantias de idoneidade.

Além disso, é fundamental exigir a nota fiscal do produto, emitida pela empresa produtora, pela revenda ou cooperativa, contendo o número de registro do estabelecimento e do produto no Mapa, garantias de nutrientes, número do lote e validade e informações adicionais, como o número dos lacres da carga ou embalagens, se for o caso.

 

O coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva, reforçou os cuidados no momento do recebimento. “Ter atenção é fundamental, principalmente, para a prevenção de fraudes que ocorrem entre o despacho do produto e a chegada na propriedade. Avaliar a integridade e a coerência com a Nota Fiscal também é um ponto importante”, disse.

Outro alerta diz respeito aos produtos de “varredura”, que só podem ser comercializados por empresas produtoras de fertilizantes, ou seja, a revenda é proibida. As varreduras não possuem padrão de garantia de nutrientes e podem conter excesso de pó e incompatibilidade química, causando a falta de uniformidade de aplicação e o entupimento dos equipamentos de aplicação.

Clique aqui para ler o documento.

 

(Fonte: CNA)

(Débora Damasceno/Sou Agro)