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Conta de luz deve ficar mais barata até o fim do ano

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Nós falamos aqui no portal Sou Agro sobre o anúncio que a conta de luz vai ficar mais barata, com a bandeira verde entrando em vigor no próximo dia 26. A notícia foi muito comemorada pelos consumidores, afinal desde setembro do ano passado a conta de energia estava mais cara por conta da bandeira de escassez hídrica.

Agora essa notícia fica ainda melhor, já que segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a bandeira verde deve vir pra ficar. A expectativa é que as tarifas não tenham mais aumento em 2022, pois não tem previsão de grandes mudanças para gerar um novo reajuste: “Essa é a expectativa”, disse Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

 

Ainda segundo Ciocchi, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021. “Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, observou.

A geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não podem parar e que possuem uma capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). Nos piores momentos da crise hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW.

A ONS é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

 

SISTEMA DE BANDEIRAS

A bandeira tarifária é o que define o real custo da energia elétrica, ou seja, quando as condições de geração não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Por isso, ocorrem as cobranças adicionais que são utilizadas para cobrir a diferença e também para frear o consumo.

No ano passado, por exemplo, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixou um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.

 

Já na bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.

ENERGIA NO BRASIL

Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de novas fontes renováveis, como eólica, que já representa aproximadamente 9% do total.

Apesar da recuperação das usinas hidrelétricas, Ciocchi considera ter sido acertada a decisão do governo de contratar térmicas emergenciais no ano passado. Elas deverão garantir, até dezembro de 2025, a reserva de energia que era considerada necessária para uma recuperação de longo prazo. “Na hora que tomamos a decisão, existia uma incerteza muito grande. Tínhamos duas escolhas: o arrependimento de contratar e o arrependimento de não contratar”, finalizou.

(Débora Damasceno/ Sou Agro com Agência Brasil)

 

 

Foto: Agência Brasil

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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