Aluno defende o agro e é repreendido em sala de aula
#souagro | Aluno repreendido. A liberdade de expressão sofreu um duro golpe nesta semana, em uma escola privada de São Paulo. Em meio a uma palestra proferida pela índia Sonia Guajajara, realizada na Escola Avenues, um aluno resolveu manifestar sua opinião sobre algumas colocações feitas pela palestrante de maneira contrária ao agronegócio brasileiro no que tanque à distribuição de terras e utilização de agroquímicos. Antes mesmo da índia se pronunciar, o professor teria repreendido o posicionamento do aluno, com a seguinte frase. “…Não tenho opinião, sou especialista em Harvard. No dia em que você quiser discutir com a gente, traga o seu diploma e a sua opinião fundamentada em ciência, aí você discute com um especialista em Harvard”, teria dito o professor.
A CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), emitiu nota de repúdio contra a atitude do docente. Segue o que diz a nota: A CNA repudia a atitude de um professor de uma escola particular de São Paulo por constranger um aluno durante uma palestra. O aluno pediu a palavra para expressar sua discordância com os termos da palestra que criticava o setor agropecuário brasileiro. Uma das premissas básicas em um ambiente escolar é a pluralidade de opiniões. Professores e educadores precisam estar preparados para a diversidade de ideia na sala de aula, para ouvir opiniões contrárias. Só assim a escola conseguirá formar cidadãos que saibam conviver em um ambiente democrático e com espírito de coletividade. A CNA está à disposição de professores, escolas e alunos para ajudar a esclarecer sobre um setor que produz alimentos e riquezas para o país.
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A Escola Avenues, de São Paulo, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que excessos foram cometidos por ambas as partes envolvidas, ou seja, aluno e professor. O caso ocorreu na semana passada mas veio à tona nesta semana. “Na Avenues, quando ocorre um conflito, trabalhamos diretamente com as partes envolvidas, de maneira reservada, para aprendermos juntos e nos respeitarmos. Infelizmente, essa questão veio a público de forma imprópria, e agora se torna necessário esclarecer os eventos”, se manifestou a escola, em nota.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)
Foto: Divulgação