O futuro promissor da noz de macadâmia
#souagro | Ainda pouco conhecida dos agricultores brasileiros, a macadâmia, uma noz originária da Austrália, chama a atenção de pesquisadores no setor alimentício e indústria de cosméticos e higiene apontando para um futuro promissor. Seu consumo e uso estão em crescimento nos mercados brasileiro e internacional. De acordo com o International Nut Council (INC) o consumo de castanhas e nozes no mundo vem apresentando crescimento de 6% ao ano. O segmento representa 18% do total de exportações brasileiras.
De acordo com José Eduardo Mendes de Camargo, presidente da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC), a macadâmia é uma árvore que, sendo plantada em mudas enxertadas, começa a produzir no quarto ano e existem registros de pomares produzindo razoavelmente até os 70 anos. O investimento inicial é alto, tanto no preço das mudas dos poucos viveiros que existem no Brasil, como na preparação da terra e os tratos culturais. Existem vários implementos agrícolas aplicados tanto na lavoura quanto na pós-colheita, além de tratores.
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A Embrapa Meio Ambiente, em conjunto com produtores brasileiros de macadâmia vem desenvolvendo estudos tanto na identificação de agentes causais de doenças de alto impacto no produto, coordenadas pelo pesquisador Bernardo Halfeld Vieira, quanto na direcionada à avaliação da entomofauna associada a pomares de macadâmia e de pragas exóticas, coordenada pela pesquisadora Jeanne Prado.
“A identificação de patógenos nas plantações de macadâmia e o conhecimento da relação entre as estações e o aumento da incidência de doenças permitem uma definição precisa das medidas a serem tomadas para controlar cada doença. Esses dados podem ser usados para se precaver de possíveis problemas fitossanitários em outras áreas de expansão. Além disso, a identificação correta de agentes causais dará suporte a estratégias mais adequadas de manejo de doenças em plantações de macadâmia”, explica Bernardo.
(Embrapa Meio Ambiente)