Granja de suínos Dinei Stuani. Toledo 06-2021. Foto: Ari Dias/AEN

Brasil de olhos bem abertos para a Peste Suína Africana

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Granja de suínos Dinei Stuani. Toledo 06-2021. Foto: Ari Dias/AEN

 

#souagro | O Brasil ainda está com a guarda alta para evitar a entrada da Peste Suína Africana. A PSA é uma doença de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal e com significativas consequências socioeconômicas. Se por uma infelicidade o vírus entrar no País, os prejuízos na suinocultura seriam de US$ 6 bilhões, de acordo com cálculos apresentados pela Embrapa.

O clima de apreensão paira sobre o ar. Há cerca de dois meses, a República Dominicana admitiu a ocorrência da doença e em setembro, foi a vez do Haiti. A Peste Suína Africana é uma doença de elevado contágio. Não oferece perigo nenhum ao homem, mas é extremamente nociva a suídeos domésticos e asselvajados no caso javalis e cruzamentos com suínos domésticos.

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Há 14 anos, a doença foi identificada em Eurásia, na Geórgia, disseminando para a Rússia, Bielorrússia e Ucrânia. Em 2014, a Peste Suína Africana chegou a Europa, mais especificamente em Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia. Em 2016, na Moldávia e em 2017, na República Tcheca e na Romênia. A China e novamente e Romênia se depararam com a doença em 2018 e em javalis, na Bélgica.

A PSA tem sido observada desde o início do século 20 no sul e leste africanos e inicialmente era caracterizada pelos aspectos clínico-patológicos semelhantes à peste suína clássica (PSC). No entanto, posteriormente foi observado que as duas enfermidades são distintas. A suspeita inicial da enfermidade baseia-se principalmente na observação dos sinais clínicos de doença hemorrágica, porém o uso de técnicas laboratoriais, como as moleculares, é imprescindível para a confirmação do diagnóstico.

Na década de 1960, o vírus da PSA chegou à Península Ibérica (Portugal e Espanha), permanecendo endêmico até os anos 1990 no oeste europeu. Nos anos 1970, o vírus foi detectado em suínos domésticos em alguns países na América Latina (Cuba, Brasil, República Dominicana e Haiti), mas os surtos logo foram contidos e a doença erradicada.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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