TECNOLOGIA
Monitoramento hidrológico molda prática conservacionista
A premissa é óbvia e todo homem do campo já nasce sabendo: a agricultura depende de um solo de qualidade. Por isso, os cuidados com a terra são essenciais para o desenvolvimento da atividade de forma contínua e sustentável. Quando, no entanto, a agricultura é conduzida sem práticas conservacionistas, pode provocar alterações no regime hidrológico de encostas – como a redução da infiltração e o aumento do escoamento de água na superfície. Tudo isso, além de empobrecer o solo, também pode gerar impactos negativos, como contaminação da água, assoreamento de rios e enchentes nas cidades. De olho nesses aspectos, o Paraná consolidou uma rede de monitoramento hidrológico, com objetivo de levantar dados concretos de acordo com cada mesorregião e ajudar a estabelecer as principais técnicas de manejo para cada localidade.
- Bioinsumos já cobrem 25% das lavouras do Brasil
- O drama do setor leiteiro
- Milho rompe a barreira dos R$ 100
Concepção científica
Para quantificar o volume de água que infiltra no solo e o quanto se converte em escoamento superficial em cada região do Paraná, o projeto de monitoramento hidrológico foi concebido com base em um modelo científico consolidado a partir de protocolos internacionais, especialmente nos Estados Unidos. Desenvolvida por Minella e Mertem, a metodologia amplia os campos de estudos, como forma de minimizar eventuais distorções e oferece um cenário próximo do que o agricultor encontra no campo. Enquanto nas Ciências Agrárias esse tipo de estudo é conduzido, tradicionalmente, em canteiros de três por 20 metros, a rede ampliou a análise para o que chamam de mega-parcelas (área de um a dois hectares), ao longo de bacias hidrográficas. Foram instaladas sete estações de monitoramento, em seis mesorregiões do Paraná. Fonte: FAEP