queda do dólar

Plantio do trigo avança no Brasil e queda do dólar favorece importações

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
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Com a queda do dólar  e cada vez mais perto dos R$ 5,00, nos níveis mais baixos do ano, o preço do trigo brasileiro perde competitividade no mercado. A retração cambial favorece a importação do grão. Assim, as cotações nacionais também podem cair, conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro. Além disso, as boas condições das lavouras no Brasil e na Argentina também contribuem para a pressão negativa aos preços.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que o plantio da safra de trigo 2021 do Paraná atinge 71% da área prevista de 1,170 milhão de hectares. Ela deve ser 4% maior frente aos 1,125 milhão de hectares cultivados em 2020.

Segundo o Deral, 91% das lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento e 9% médias, entre as fases de germinação (46%) e crescimento vegetativo (54%). Na semana passada, o plantio atingia 58% da área, com 92% das lavouras em boas condições e 8% em condições médias de desenvolvimento. No dia 25 de maio de 2020, o plantio estava completo em 63% da área.

Rio Grande do Sul

O plantio avança lentamente no Rio Grande do Sul. Conforme informações da Emater/RS, os trabalhos não devem atingir 10% da área total. O plantio deve avançar significativamente neste mês de junho. O motivo seria a tentativa de evitar futuros danos por uma eventual geada sobre o estado.

Argentina

O plantio de trigo atinge 17,1% da área, estimada em 6,5 milhões de hectares. Os trabalhos avançaram 7 pontos percentuais na semana e estão 12,9 pontos atrasados em relação ao ano passado. Em números absolutos, foram semeados 1,112 milhão de hectares.

Safra global

A produção mundial de trigo em 2021/22 deverá totalizar 785,8 milhões de toneladas, contra 774,8 milhões do ano anterior.

A estimativa faz parte do relatório de junho do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais. No relatório anterior, a previsão era de 778,8 milhões de toneladas.

A revisão para cima na projeção de safra é reflexo da melhora nas previsões para a produção da Austrália, China, União Europeia, Marrocos e Rússia.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de 789 milhões para 2020/21. O Conselho Internacional de Grãos indica safra de 790,1 milhões de toneladas para 2021/22.

Frase: SAFRAS

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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