Crise hídrica avança do campo para a cidade

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/Nq9IswGbmo4

 

#souagro | A preocupação com a estiagem é grande  tanto para lavouras de milho, trigo e feijão, bem como para as pastagens. E a luz de alerta não está piscando somente no campo. As cidades também já começam a sentir os efeitos da escassez hídrica, muitas delas já realizando rodízios para controlar o consumo, como é o caso da Região Metropolitana de Curitiba e do Sudoeste do Estado.

O diretor do Sindicato Rural de Cascavel, Engenheiro Agrônomo Paulo Vallini, informa que vários produtores que se dirigem até o sindicato rural têm reclamado da falta de chuvas em suas propriedades e consequentemente em suas lavouras. “Temos o milho, que vem sofrendo bastante, desde o plantio. As pastagens também enfrentam o mesmo problema, com uma situação bem degradante, pois faz muito tempo que não chove e não tem como recuperar. E o trigo, apesar de ser uma cultura mais resistente a períodos secos, neste processo inicial de desenvolvimento precisa de água para se desenvolver bem e gerar bom índices de produtividade no futuro”, avalia Vallini. Segundo ele, muitos agricultores têm semeado o milho em terras secas.

Os problemas avançam do campo para a área urbana. “Todos que puderem economizar água façam sua parte, pois é muito importante neste momento em que estamos vivendo. O que for feito neste momento é de suma importância para evitar problemas a curto prazo”, alerta Vallini, acrescentando que já há registros de nascentes e poços secando por conta da falta de chuvas, criando mais um problema para o produtor.

Estiagem resulta em silagem de baixo teor nutricional

Produtores rurais cada vez mais conectados

Já há informações que este é a maior crise hídrica dos últimos 50 anos no Paraná. Boa parte das cidades paranaenses estão em situação de emergência por conta da falta de chuvas, principalmente a Região Metropolitana de Curitiba e municípios do sudoeste do Paraná. Com baixa vazão dos reservatórios, o governo federal se vê obrigado a acionar as termoelétricas, fazendo também com que o custo da energia elétrica para o consumidor e ao homem do campo aumente ainda mais. Essa alta reflete no custo da produção da propriedade, já castigada pela falta do milho e do farelo de soja, insumos básicos para suprir a demanda da cadeia alimentar dos animais.

A Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento alerta os produtores rurais a controlar o uso da água nas atividades agropecuárias. (Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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