Grãos soja dólar

Mundo volta os holofotes para a safra sul-americana

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Grãos soja dólar

 

#souagro | Os efeitos provocados pelo fenômeno La Niña tem feito o mundo voltar os olhares para os países produtores de soja sul-americanos. O Brasil é o principal deles. No Paraná, os prejuízos causados pela mais severa estiagem já registrada nos últimos 100 anos no Estado, superam a cifra dos R$ 16 bilhões, conforme recente levantamento apresentado pela Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento. As quebras na região oeste do Paraná passam de 50%, de acordo com produtores e especialistas.

Se o clima continuar assim, os contratos futuros de soja devem romper a barreira dos US$ 14 por bushel. Dependendo do tamanho das perdas, patamares ainda mais altos podem ser alcançados. A La Niña provoca baixa umidade na Região Sul e o oposto na faixa central e metade do Norte, ou seja, muita umidade.

O vizinho país Paraguai também tem sofrido duramente os impactos causados pela seca. O mesmo deverá ocorrer neste primeiro trimestre do ano em solo argentino. Todos estes fatores são preocupantes e vão afetar diretamente os dois principais celeiros de produção nacional, Paraná e Santa Catarina e o segundo maior produtor sul-americano, a Argentina.

Todo esse cenário acaba por influenciar diretamente a Bolsa de Chicago. Em relação à safra americana, a partir do fim de março. A depender dos preços da saca da soja e do milho, há grande possibilidade de migração de áreas entre as culturas.

Já com relação ao câmbio, a expectativa é de volatilidade, atribuída ao cenário eleitoral. A tendência é de continuar a ser um dólar firme, podendo chegar na casa dos R$ 6. Apesar dos grandes desafios pela frente, o ano deverá ser de preços elevados ao longo de 2022.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com Agência Safras)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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