A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o lançamento da Câmara da Cerveja.

Ministra deve responder nesta sexta se prorroga janela de plantio do milho

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o lançamento da Câmara da Cerveja.

 

#souagro

 

Os estados do Paraná e Mato Grosso, que solicitaram ao ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), a extensão do prazo do zoneamento agrícola do milho, devem ter resposta da ministra nesta sexta feira (05). Conforme adiantou o secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, em entrevista para o Sou Agro na quarta feira, a situação é bastante delicada no estado por conta do atraso do plantio da 2ª safra.

Milho: Ortigara faz apelo à ministra por compartilhamento de risco

De acordo com ele, o Brasil e o Paraná “são muito dependentes da segunda safra”. O consumo é crescente e as cadeias alimentares precisam muito desse insumo, para atender a produção de porco, frango, peixe e o rebanho leiteiro. “O mercado internacional quer o nosso milho e a estimativa é a de exportar acima de 35 milhões de toneladas de grão de milho”.

A cadeia alimentar da pecuária está prestes a sofrer um baque grande. Em virtude do atraso no plantio da soja, ocorreu atraso na colheita, empurrando a semeadura do milho para o fim da janela ou para um período sem janela, de escuridão”. Nesta semana, o milho chegou a 28% plantados em uma área total de 2,3 milhões de hectares no Estado. “Nem um terço plantando, isso é algo inimaginável para o mês de março, pois em ano anteriores, nessa mesma época, o plantio já havia atingido 70% da área plantada”, compara o secretário.

O impasse a agora é com relação ao rigor técnico e depois de várias tentativas de ajustes no zoneamento climático. “Não é porque atrasou que vou mudar o zoneamento, dando a conotação de perda de credibilidade no mercado”. A semeadura do milho também está atrasada no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

 

Impactos

Alterações no Zoneamento Agrícola causam impactos ao Banco Central (BC), que é gestor do Proagro, à Secretaria de Política Agrícola (SPA), gestora do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e também ao Tesouro Nacional, que é fonte das subvenções. Dessa forma, solicitações de mudanças precisam ser analisadas pelo Ministério da Economia e pelo BC, além da equipe técnica do Ministério da Agricultura. Via de regra, o zoneamento não sofre modificações com a safra em andamento.

Foto – Agência Brasil

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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