Ministra destaca ações para fortalecer a competitividade dos fertilizantes

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, reforçou nesta terça-feira (23) a atenção do Ministério para o abastecimento de fertilizantes para atender o final do plantio da atual safra 2021/2022 e da safrinha e para regularizar a importação do insumo para o próximo ano. Em participação na abertura do 8º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, a ministra anunciou um grupo, a ser lançado no próximo dia 29, em reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários para acompanhar o tema.

Após viagem à Rússia, na semana passada, para tratar do assunto com os maiores fornecedores de fertilizantes ao Brasil, a ministra Tereza Cristina também irá ao Canadá ainda este ano.

“Sabemos que vivemos hoje uma situação complicada pós pandemia, gerando uma expectativa não muito boa sobre o setor e com problemas no mundo todo com falta de energia. Isso trouxe insegurança para a agricultura brasileira, já que somos muito dependentes de fertilizantes. Havia uma preocupação e incerteza no mercado, então fizemos uma avaliação conjunta com o mercado e fui à Rússia”, afirmou Tereza Cristina.

No país, a ministra se encontrou com os quatro maiores produtores e com o ministro do Desenvolvimento do país, que garantiram o fornecimento dos contratos vigentes. O objetivo da viagem da ministra foi abrir negociação com os principais fornecedores de fertilizantes, produto essencial para a produção agropecuária que enfrenta restrições na oferta mundial.

Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), realizadora do Congresso, o Brasil consumiu 40 milhões de toneladas de fertilizantes em 2020. O valor representa crescimento de 12% em relação a 2019. O país é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo, o que equivale a 9% desse mercado. A Rússia representa cerca de 20% do total de fertilizantes importados pelo Brasil. Recentemente, o governo russo anunciou restrições às exportações de fertilizantes nitrogenados por meio de cotas de exportação pelo período de seis meses a partir de 1º de dezembro, com o objetivo de evitar escassez no mercado interno.

O Governo Federal ainda desenvolve o Plano Nacional de Fertilizantes, que reunirá estratégias para reduzir a dependência externa a longo prazo bem como de curto prazo para mitigar efeitos eventuais e momentâneos choques de oferta. O objetivo é fortalecer políticas de incremento da competitividade da produção e da distribuição de insumos e de tecnologias para fertilizantes no país de forma sustentável, abrangendo adubos, corretivos, condicionadores e novas tecnologias.

“Vamos lançar a Política Nacional de Fertilizantes para dar a tranquilidade para as próximas safras, cada vez melhor e mais eficiente, produzindo para o mercado interno e para os demais países”, frisou a ministra.

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O Grupo de Trabalho para o Plano Nacional de Fertilizantes é interministerial, sendo conduzido pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, conforme o Decreto nº 10.605, de 22 de janeiro de 2021.

Ainda participou do 8º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos Filho. O evento é realizado desde 2011 e abordou nesta edição online temas como análise de mercado, gestão de negócios, as melhores práticas de ESG e Inovação e discutiu sobre a crise gerada pela Covid-19 e as perspectivas para o setor para a retomada da economia.

Fonte: MAPA

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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