Hortifrutigranjeiros e os gargalos da produção estadual

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

A primeira reunião da Comissão Técnica de Hortifruticultura da FAEP de 2021, foi realizada nesta quarta-feira para debater a realidade produtiva das diferentes regiões do Paraná e as principais demandas do setor. Durante o encontro, líderes rurais dos diferentes elos da cadeia produtiva enfatizaram a preocupação com a crise hídrica, que vem trazendo dificuldades para os produtores de frutas e hortaliças.

Segundo o presidente da CT, Marco Antônio Machado, além da estiagem, a forte geada que atingiu o Paraná em julho também gerou prejuízos. “O setor está amargando com produtos de baixa qualidade e há muitas devoluções e pedidos de trocas. É preciso identificar as dificuldades, para que a gente possa viabilizar, junto à FAEP, soluções e melhorias para o setor”, afirmou.

O baixo poder de consumo do brasileiro aliado a alta do preço dos alimentos também preocupa o setor. Segundo os produtores, as frutas e hortaliças perderam espaço na mesa do consumidor e as vendas caíram drasticamente. “O valor de comercialização da maçã caiu 70% do ano passado para cá”, mencionou o produtor Odair Alberto Pangracio, de Palmeira, região Sul do Paraná.

Na sequência, a técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR Elisangeles Souza apresentou as principais pautas da hortifruticultura em debate nas esferas estadual e federal. Entre elas, o Comitê Minor Crops Brasil, que surgiu a partir de demandas identificadas pela própria Comissão, em relação à regularização de registro de uso de agroquímicos e produtos biológicos para o manejo das Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), também conhecidas como Minor Crops.

“A partir da estratégia formulada e implementada no Paraná, outros Estados adotaram a metodologia. Com isso, é possível elaborar estratégias de levantamento de demandas das Minor Crops, aproximando o setor produtivo e a pesquisa às indústrias químicas e biológicas e instituições que analisam o registro, ampliando o suporte fitossanitário”, destacou.

Ainda segundo Elisangeles, a disponibilização de soluções e alternativas para melhorar o manejo e controle de pragas contribui para a geração de produtos com qualidade e segurança para os consumidores. Desde 2012, foram 258 marcas comerciais registradas, cuja extrapolação de registro beneficiou mais de 90 culturas. Durante a apresentação, também foram debatidos conceitos de rastreabilidade, produção “on farm” de bioinsumos e deriva de agroquímicos.

 

Fonte: FAEP

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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