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Frango, suíno e boi: saiba o desempenho de preços até agora

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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As previsões – baseadas no IPCA-15, que neste mês aumentou 1,17%, a maior alta para novembro em quase duas décadas – são as de que este mês poderá ficar marcado como o de maior inflação de 2021. Mas se isto se confirmar, desta vez não será por culpa do setor agropecuário. Pelo menos se considerados os preços alcançados ao nível dos produtores.

Ou seja: exceto o boi, cuja cotação no mês aumentou pouco mais de 8%, os demais itens analisados enfrentaram queda de preço em novembro, a maior delas atingindo o frango, com retrocesso superior a 9%. Na sequência vem o milho (-6,61%), o farelo de soja (-2,30%) e o suíno (-0,79%). Porém, mesmo o boi (que fecha novembro com cotação muito próxima do recorde de 2021) completa este mês com valor inferior aos alcançados entre fevereiro e setembro deste ano.

 

Em termos anuais, o resultado negativo se repete para suíno e farelo de soja. Este registra em novembro preço perto de 14% menor que o de um ano atrás. Já para o suíno a perda é significativamente maior, visto que o preço médio de novembro (em recuperação no final do mês, como é típico de todo período pré-natalino) deve ficar quase um quarto aquém do registrado no mesmo mês do ano passado.

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Assim, as variações anuais positivas ficam restritas ao boi (+3,92%), milho (+6,33%) e ao frango (+19,54%).Mas enquanto os ganhos de boi e milho se tornam negativos frente à inflação do período, os do frango, embora positivos, permanecem ainda aquém da evolução dos custos.

 

Isto, aliás, fica mais visível ao se analisarem os preços médios alcançados nos 11 primeiros meses de 2021. O do frango está cerca de 47% acima do registrado em idêntico período de 2020, mas contínua bem aquém de seu principal insumo, o milho, cuja cotação média no ano é quase 60%superior à dos mesmos 11 meses do ano passado.

De toda forma, o desempenho do frango vem sendo melhor que o do suíno que, neste ano, é comercializado por valor que mal acompanha a inflação. Já boi e farelo de soja registram no ano evolução de preço muito similar, pouco superior a 36%.

 

(FONTE: Avisite)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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