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Custo da produção de peixes deve se manter elevado

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Nos últimos meses muito se fala no aumento do custo de produção das carnes, mas o setor da produção de peixes também vem enfrentando dificuldades com esses custos elevados.

Segundo Jair de Sordi, gerente do abatedouro de peixes da C. Vale esses valores devem se manter em 2022: “os custos com milho e farelo de soja vão se manter elevados durante boa parte de 2022. Só deverão cair com a entrada da safrinha de milho entre o final do primeiro semestre e o início do segundo, caso o clima favoreça as lavouras.”

Mas não é só o aumento dos insumos que impacta na piscicultura, o valor alto da energia elétrica também é uma preocupação: “o reajuste nas tarifas encareceu muito a energia elétrica. Isso não vai se resolver de uma hora para outra, porque precisa chover muito por meses seguidos, para melhorar bem o nível dos reservatórias das usinas. Nesse caso, a alternativa seria produzir energia a partir de placas fotovoltaicas, mas o crédito para isso está bastante escasso e limita muito os investimentos”, explica Jair.

Outro fator que tem gerado aumento no custo da produção de peixes é a embalagem, segundo Jair nos últimos doze meses já tiveram reajustes de 107% nas embalagens plásticas e de 70% nas de papelão.

Para tentar driblar todas essas questões no custo da produção, os piscicultores buscam alternativas para diluir os gastos: “Uma alternativa para diluir os custos fixos, é buscar o aumento da eficiência. É possível fazer isso elevando a produção para reduzir os custos fixos e melhorando a conversão alimentar e o rendimento da carcaça. É isso que estamos fazendo”, finaliza Jair.

TILÁPIA

Um dos peixes mais cultivados no Paraná é a tilápia, tanto que o estado é o principal produtor brasileiro da espécie. Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Piscicultura, dentro do anuário PeixeBR, o Paraná teve 166 mil toneladas produzidas em 2020. O resultado é 135% superior à produção de São Paulo, segundo colocado, com 74.600 toneladas. A estimativa da secretaria de agricultura do Paraná é que a produção cresça entre 10% e 15% ao ano.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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