Crise hídrica ameaça escoamento da produção pela hidrovia Paraná-Tietê

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

#souagro | A hidrovia Paraná-Tietê deverá reduzir a movimentação de cargas em função da crise hídrica que assola algumas regiões do País. A informação foi confirmada pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em entrevista concedida ao Canal Rural. A finalidade é a de preservar os recursos hídricos tendo em vista a geração de energia elétrica para o País. A expectativa é que a partir de agosto, haja um racionamento maior de água, impedindo a movimentação na hidrovia.

Medidas foram tomadas nas últimas semanas para garantir o fluxo das embarcações, graças a um acordo firmado com a ANA (Agência Nacional das Águas), com a disponibilização da vazão em ondas. Durante o dia, a vazão é controlada, liberando ondas em horários específicos com o objetivo de garantir a navegabilidade. Entretanto, essa prática não deverá ser mantida nos próximos dias, comprometendo desta forma a fluidez das operações de movimentação de cargas na hidrovia.

Os aumentos dos custos com o fechamento da hidrovia são certos, mas há alternativas de logísticas de transporte durante esse período, como por meio de caminhões e locomotivas. O Ministério da Infraestrutura informa que um comitê de crise será formado para decidir de fato a interrupção do trânsito de embarcações na hidrovia até a publicação de um comunicado por parte da ANA sobre a decisão.

Entidades como a Associação Brasileira de Indústria de Óleos Vegetais e a Aprosoja já se manifestaram contrárias a interrupção do tráfego na hidrovia. Atualmente, mais de 20 comboios de cargas de diversas empresas de transporte fluvial utilizam a hidrovia para escoar a produção, ou seja, isso faz com que sejam retirados das estradas 2,5 mil caminhões, reduzindo custos logísticos e minimizando o risco de acidentes nas estradas e emissão de poluição.

Ao todo, são 1.023 quilômetros utilizados para navegação, se estendendo da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu até as usinas de São Simão, em Goiás e Água Vermelha no Rio Grande, em Iturama, Minas Gerais.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com informações do Canal Rural)

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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